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Vicente Luque revela estratégia para vencer maior desafio da carreira

Vicente Luque comemora vitória no UFC 205, em Nova York - Michael Reaves/Getty Images /AFP
Vicente Luque comemora vitória no UFC 205, em Nova York Imagem: Michael Reaves/Getty Images /AFP

Brenda Mendes

Do UOL, em São Paulo

01/11/2019 04h00

Com seis vitórias consecutivas, o brasileiro Vicente Luque enfrenta, neste sábado (2), o americano Stephen Thompson. A luta mostra que o faixa preta de jiu jitsu está cada vez mais consolidado dentro da maior franquia do MMA no planeta: vale pelo card principal do UFC de Nova York, com início previsto para 23h (de Brasília), e é contra um lutador do top 10 da categoria — Thompson é o nono colocado dos meio-médios (77kg).

Aos 27 anos, Luque acumula 17 vitórias por nocautes e seis derrotas em seu cartel — e vem de seis triunfos seguidos. Em entrevista ao UOL Esporte, Luque releva o caminho que deve seguir para derrotar o americano: "Acho que principalmente tenho que ficar ligado com a movimentação dele, pois ele movimenta muito bem. Pode ser difícil encontrar esse tempo. Acho que o segredo da vitória é esse: encontrar o timing da movimentação".

No UFC de Montevidéu, em agosto, ele pediu justamente o duelo contra Thompson: "Eu pedi para lutar com ele exatamente por ele ser um cara que está dentro do top 10. Meu objetivo é subir no ranking até chegar o cinturão e eu acho que o caminho para isso é me desafiar. Eu quero lutar com caras que são grandes lutadores, grandes nomes e consequentemente são muito bons. Eu vejo essa luta como o maior desafio da minha carreira, eu acho que até o momento é o maior. Ele é um cara que lutou pelo cinturão duas vezes, então ele tem uma grande bagagem e um nome muito grande. É uma luta muito importante para mim, vou lá para dar o meu melhor"

O lutador não escondeu a animação para enfrentar um dos grandes nomes de sua categoria: "Eu fiquei animado por conseguir essa luta, acho que o UFC reconheceu o que venho fazendo, as vitórias que venho conquistando e decidiu me dar esse desafio. Eu fico muito feliz e isso motivou muito o meu treinamento". Luque, é bom lembrar, tem sido um funcionário padrão do UFC nos últimos meses, Foram quatro lutas desde outubro do ano passado, todas com vitória.

Sobre o estilo de luta do rival, Luque analisou as diferenças entre os dois: "O estilo é muito interessante, nós dois somos da trocação, mas temos estilos diferentes. Ele gosta de mexer e contra-atacar, eu sou mais tradicional, estilo Muay Thai, que vai para frente tentando achar o golpe".

Em uma escalada rumo ao cinturão (hoje nas mãos do nigeriano Kamaru Usman), o brasileiro acredita ainda ter de encarar um de três rivais: Tyron Woodley, Colby Covington e Jorge Masvidal, os três primeiros do ranking. "Eu acredito que depois dessa luta ainda tenho que lutar mais algumas com lutadores mais próximos do cinturão, os três primeiros. Acho que conseguindo uma boa vitória com um dos primeiros eu conseguiria disputar o cinturão, mas estou focado na luta contra o Thompson, eu acho que preciso focar nisso para pensar quais são os próximos passos".