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Goto critica matéria sobre denúncia de abuso: principal foco foi esquecido

"Acho leviano o tom da matéria em relação à minha pessoa", afirmou treinador da ginástica - Reprodução/Facebook
'Acho leviano o tom da matéria em relação à minha pessoa', afirmou treinador da ginástica Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

01/05/2018 22h41

Marcos Goto, principal técnico da seleção brasileira de ginástica, criticou nesta segunda-feira as matérias que o envolvem em denúncias de abuso sexual contra jovens atletas da modalidade.

No domingo, o programa Fantástico, da Rede Globo, divulgou reportagem na qual atletas e ex-atletas da ginástica acusam Fernando de Carvalho Lopes, treinador da seleção brasileira masculina do esporte entre 2014 e 2016, de assediar jovens competidores no período em que atuou no Mesc, clube de São Bernardo do Campo (SP), entre 2001 e 2016.

Entre os entrevistados, Goto também foi citado. Embora não tenha sido acusado de assédio, o treinador acabou mencionado por supostamente ouvir denúncias com conivência.

Em declarações gravadas à própria Rede Globo nesta terça-feira, Goto se disse contrário a qualquer tipo de assédio e discriminação. Além disso, reclamou do tom das reportagens que o citaram.

"Os fatos narrados nesta matéria, que ocorreram há mais ou menos 12 anos, como foi dito por vários declarantes, eram tratados como boatos e podem ter gerado algum tipo de gracejo na época por muitos envolvidos na ginástica", disse, lendo um comunicado oficial. “Acho leviano o tom da matéria em relação à minha pessoa, onde o principal foco foi esquecido e os verdadeiros responsáveis e omissos estão acobertados.”

Treinado por Marcos Goto na campanha da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, o ginasta Arthur Zanetti também foi consultado a respeito das denúncias. O atleta afirmou também ter ouvido boatos com outros esportistas, mas disse que nunca foi alvo de abuso.

“Nunca passei, graças a Deus. Nessa questão, estou tranquilo”, disse o campeão olímpico. “Tem os boatos que (a gente) ouve de um, de outro, do amigo do amigo. Nunca pessoalmente chegaram e falaram: ‘Olha, aconteceu isso comigo’”, completou.