Topo

Lais Souza admite processo lento, mas ainda sonha com recuperação

Lais Souza sorri durante entrevista ao UOL Esporte - UOL
Lais Souza sorri durante entrevista ao UOL Esporte Imagem: UOL

Do UOL, em São Paulo

01/02/2018 09h53

Pouco mais de quatro anos depois de ter perdido os movimentos abaixo do pescoço após sofrer acidente, Lais Souza continua lutando para se recuperar. A ex-ginasta admite que o processo é lento, mas mantém as esperanças de voltar a se mover.

"Estão acontecendo devagarzinho as mudanças. Tanto que, se eu não olhar os meus vídeos, eu não percebo que teve evolução. Para mim, está devagar demais. Mas, na hora que eu começo a folhear minhas fotos, ver meus vídeos, aí eu percebo: o meu tronco está melhor, o meu pescoço está mais forte. Postar o vídeo também é uma forma de eu enxergar. Eu fico com uma esperança, para que eu tenha um movimento. Mas, ao mesmo tempo, eu tenho que ter paciência e pé no chão, para entender a minha lesão. Eu não quebrei a unha", disse Lais, em entrevista ao "SporTV".

O acidente aconteceu dia 27 de janeiro de 2014, quando a esportista se preparava para competir no esqui aéreo na Olimpíada de Inverno de Sochi, na Rússia. Hoje aos 29 anos de idade, Lais participa de eventos na impossibilidade de praticar esportes.

"Eu venho para cá e me foco bastante para que eu possa fazer as palestras. Tenho alguns eventos também. Não foi por opção. Por mim, eu ainda estaria naquela vida de atleta. Eu gosto muito de receber o carinho das pessoas. Isso faz diferença para o meu trabalho, para as minhas palestras, a forma que eu abordo as situações... para ficar sempre mais leve", declarou.

Enquanto alimenta esperanças de recuperar algum movimento, Lais tentou tratamento experimentar com células tronco e aguarda liberação de agência reguladora para dar prosseguimento a ele nos Estados Unidos.

"Eu fiz três aplicações depois do meu acidente. Ajudou a melhorar a lesão em si, a fibrose, o sangramento que estava ali, naquele tempo. Mas eles pararam com as aplicações por um tempo depois. Mas, pelo que eu entendi, foi por vários riscos. Se a pessoa não está preparada para fazer as células, está debilitada, dá muito efeito colateral. Dá dor de cabeça, dá febre. Tem todo um envolvimento. Eu, por exemplo, tenho pressão baixa. Se eu tentar levantar ou ficar em pé no robô, e minha pressão cair, é um risco. Tudo tem que rever. Estamos esperando a resposta do FDA dos Estados Unidos. Futuramente, pode ser que aconteça de novo, e eles deixem a gente fazer mais aplicações. Mas, por enquanto é isso, ficou meio estacionado", relatou.