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Dudu é de novo craque, e bi brasileiro pode ser sua despedida do Palmeiras

25/11/2018 20h21

Os três títulos nacionais conquistados pelo Palmeiras nos últimos quatro anos têm grande influência de Dudu. Autor de dois gols na final da Copa do Brasil de 2015, foi capitão e um dos destaques no Brasileiro de 2016, e agora em 2018 o craque da campanha que rendeu a décima conquista nacional para o Verdão. Sua segunda taça do Brasileiro o solidifica como um ídolo e deve lhe render também prêmios individuais, mas pode ser a última pelo Verdão.

Isto porque esta relação já esteve muito perto de acabar em julho, quando o Guangzhou Evergrande (CHN) lhe ofereceu um salário de mais de R$ 2 milhões por mês, além de R$ 32 milhões em luvas no momento da assinatura do contrato. Mesmo que não fosse o melhor momento do camisa 7, o presidente Maurício Galiotte decidiu que não iria vendê-lo.

Até chegar neste ponto, contudo, o assunto preocupou bastante a diretoria. Enquanto os chineses mandavam oferta atrás de oferta, o clube, que semanas antes havia vendido Keno, tentava achar alguma opção no mercado para substituir Dudu. Como não a encontrou e em março havia renovado - com bonificação - o contrato do atacante até 2022, a cúpula sentenciou: goste ou não, Dudu permaneceria.

O baixinho não escondeu a frustração nos primeiros dias, inclusive na internet. Ele não conseguiu mostrar com Roger Machado durante todo o ano o mesmo rendimento em seus melhores momentos no clube, o que viria a acontecer só com o retorno de Felipão, com quem já havia trabalhado no Grêmio, em 2014.

A relação de pai e filho entre os dois ajudou a recuperar o atacante, que virou o ponto de desequilíbrio na arrancada especialmente do segundo turno. Quando o Verdão embalou de forma invicta, Dudu consolidou-se como o maior garçom e jogador mais caçado do Brasileiro. Foi decisivo. Tanto que depois do jogo contra o Vasco ouviu Felipão e seus companheiros colocá-lo como o craque do Brasileiro.

- Eu procuro fazer meu trabalho, agradeço as palavras do Felipão, um técnico especial para mim. Fico feliz pela amizade e carinho dele. E tenho só a agradecer a ele pelo carinho, mas como eu falei, o craque da competição foi o elenco, que rodou bastante. A gente sabe como é difícil a competição, e rodar o grupo e conquistar com todos é o que levo para mim - comemorou o camisa 7.

Ao mesmo tempo, ampliou suas marcas no clube: já dono de todas as estatísticas do Allianz Parque (número de jogos, vitórias, gols e assistências), passou o número de jogos de Edmundo, outro camisa 7 histórico do Verdão e com quem costuma trocar elogios nas redes sociais.

O chapéu de 2015 em São Paulo e Corinthians pagou-se e é, provavelmente, o maior acerto da gestão de Alexandre Mattos. Dudu começou a se destacar sob o comando de Felipão há quatro anos e agora com o técnico acaba 2018 como um dos melhores jogadores do Brasil.

A torcida sonha em vê-lo assim por mais tempo, mas ao que tudo indica desta vez será difícil evitar a saída do mais recente ídolo em mais uma janela internacional. Se este foi o adeus, difícil ser melhor.