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Campeão pelo Santos, Alex diz que "esperava muito mais" de Diego e Robinho

Alex esperava um sucesso ainda maior de Diego e Robinho na carreira - Reprodução
Alex esperava um sucesso ainda maior de Diego e Robinho na carreira Imagem: Reprodução

03/05/2018 12h16

Aposentado há um ano e meio, Alex planeja retorno aos campos na próxima temporada, de preferência no futebol europeu. O zagueiro deu entrevista ao portal Goal e falou sobre as negociações frustradas com Porto e Santos no segundo semestre de 2016, por conta de uma lesão no joelho direito, operado em fevereiro do ano passado. O defensor ainda deu uma opinião dura sobre Robinho e Diego, companheiros no título brasileiro de 2002.

"Acho que sim. Não entendi a saída do Robinho do Real Madrid, já que vivia um bom momento dentro de campo. Eu convivia com ele, é verdade, mas não entendi direito o que aconteceu. O Manchester City, na época, vinha com um grande investimento financeiro, mas o Robinho poderia ter permanecido no Real. Já o Diego, esperava um pouco mais dele. Torci quando ele foi negociado com a Juventus, onde teve um período bom, mas não conseguiu manter. Por tudo o que fizeram, principalmente em 2002, se esperava muito mais deles", finalizou.

Hoje com 35 anos, Alex acredita ter condições de voltar a atuar por, pelo menos, mais uma temporada.

"Seria interessante jogar aqui mesmo na Europa, pegar o começo da próxima pré-temporada. Ainda tem dois a três meses pela frente, pretendo treinar mais e me sentir melhor, sem dores no joelho. Quero fazer uma pré-temporada e, se Deus quiser, jogar uma temporada. Claro que não será fácil, já que são dois anos parado. Ainda não estou 100%, estou me recuperando aos poucos. É uma lesão de cartilagem, é preciso tomar um pouco mais de cuidado. É bom evitar exageros na recuperação, os impactos podem causar preocupação no dia seguinte. Mas estou conseguindo administrar bem isso", afirmou Alex, que está morando em Portugal há cinco meses.

O último clube de Alex foi o Milan, onde ficou dois anos e saiu em junho de 2016. Depois de passar pelo Rossonero, negociou com o Santos, mas acabou não acertando com o Peixe.

"Voltei para o Brasil em junho de 2016, vindo de uma temporada no Milan. O meu contrato tinha acabado, então estava com algumas propostas na mesa. Mas moro em Santos, sempre tive contato com o Santos... Resolvi fazer um tratamento no clube, e neste mesmo período começamos a negociar. Chegamos a ter uma conversa bem adiantada. Falaram muito de salário alto, de valores... Acredito que, se não fosse pelo problema físico, teria ficado lá mesmo. Encerrar a carreira no Santos era a minha vontade. Acabou não dando certo por causa do meu joelho", disse Alex.

"Não houve acordo por causa de questões físicas. Não sei de onde saiu tanta informação, vi gente dizendo que eu queria ganhar R$ 1 milhão por mês, algo que nem no Milan eu ganhava. Conheço a realidade do Santos, um clube que sempre declarei ser torcedor. Sabia das dificuldades do clube naquele momento, tinha conhecimento também do teto salarial. O salário que o presidente me ofereceu era muito bom. Isso de R$ 1 milhão, R$ 500 mil... Esquece isso, nunca existiu", revelou Alex, que foi reprovado nos exames médicos do Porto.

Alex declarou ainda que o clube onde foi mais feliz foi o Chelsea. Contudo, ele negou que Felipão tenha sido "fritado" pelos medalhões da equipe, como Terry, Drogba e Lampard.

"Foi o trabalho dele, não ele como pessoa. Vi que muitos jogadores reclamavam do estilo de treino dele. O Felipão ganhou tudo na carreira, mas tinha aquele método próprio de treino. Na Inglaterra, principalmente na pré-temporada, existe muito trabalho com bola, mas aí ele chegou com o jeitão dele e botou os jogadores para correr. O começo do trabalho não foi bem aceito pelo elenco. Mas não vi nenhum tipo de trairagem, de jogador levando a situação para os dirigentes... O time até teve um bom início de temporada, mas depois começou a cair de produção. No Chelsea nunca houve muito isso de paciência, principalmente com os treinadores", disse.

Alex falou sobre o interesse do Arsenal quando defendia o Chelsea. Ele havia sido afastado junto com o atacante Anelka pelo então técnico André Villas-Boas e foi procurado por um diretor dos Gunners.

"Estava afastado no Chelsea e acabei por receber uma ligação de um diretor do Arsenal, que me perguntou o valor do meu salário, se teria interesse... A conversa foi muito rápida, mas ele não voltou a ligar. No fim, acabei acertando com o PSG. A vontade não era sair do Chelsea, mas estava treinando separadamente. Não estava sendo fácil. No início, treinávamos eu e o Anelka, mas aí ele acabou saindo e eu fiquei sozinho. Se tivesse surgido uma proposta boa do Arsenal, eu aceitaria. Não era um desejo trocar o Chelsea pelo Arsenal, mas toparia. Queria jogar", comentou.