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Palmeiras usa goleada sofrida em 2017 como antídoto contra oba-oba

20/03/2018 06h15

O Palmeiras colocou um pé e meio na semifinal do Campeonato Paulista ao bater o Novorizontino por 3 a 0 no jogo de ida das quartas de final, no último sábado, em Novo Horizonte. Desde então, a missão do técnico Roger Machado é encontrar maneiras de manter o grupo motivado e afastar qualquer possibilidade de relaxamento pela larga vantagem conquistada. E o grande antídoto está cravado na própria pele palestrina e vem do ano passado.

Boa parte do grupo atual estava presente na semifinal do Estadual de 2017. Também com elenco tido como estrelado, o Palmeiras chegou ao confronto com a Ponte Preta como favorito. Mas caiu de cara logo na ida. Em Campinas, o Verdão sofreu goleada de 3 a 0 para a Macaca e praticamente se despediu do torneio em 15 minutos. Na volta, vitória de 1 a 0 com gol de Felipe Melo no Allianz não foi suficiente para salvar o time. A lição ficou marcada.

- É essa lição mesmo. Início de primeiro tempo muito ruim, que deu apagão na equipe. Tomamos três gols de um time rápido, jogadores de qualidade, Ficou muito difícil de reverter esse placar e acabou que tirou nossa classificação para a final. Isso serviu de lição para o jogo de agora. Precisamos repetir um grande jogo diante de nosso torcedor para manter essa vantagem e o restante da competição - afirmou o atacante Willian.

Para se ter uma ideia do tamanho da vantagem do Palmeiras, a equipe precisará perder por quatro gols de diferença para ser eliminado no tempo normal. Se for de três, a decisão irá para os pênaltis. Mas o Verdão nunca foi derrotado por três gols de diferença no Allianz Parque. O favoritismo é grande, mas por isso a cautela é dobrada.

O técnico Roger Machado tem batido na tecla de que o jogo tem de ser levado ao maior nível de concentração possível. Não à toa, na reapresentação da equipe nesta segunda-feira até os titulares foram a campo. Ele define o time em treino nesta terça e não está previsto que ele poupará qualquer jogador do confronto.

A queda drástica para a Ponte Preta atrapalhou demais os planos do técnico Eduardo Baptista, que iniciava o trabalho no Palmeiras no ano passado e vinha de bons resultados. Agora, Roger sabe que qualquer deslize teria efeito parecido, diante da pressão alviverde, e por isso dobra os cuidados. Cautela e canja de galinha, no Palmeiras, não faz mal a ninguém.