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Observado pelo 'Borjinha', Borja recebe 'número abençoado' no Verdão

25/02/2017 12h07

Miguel Ángel Borja foi presenteado com a histórica camisa 12 em sua apresentação como reforço do Palmeiras, na manhã deste sábado. Observado pelo filho Samuel, de dois anos, o centroavante colombiano passou a ser dono do número que São Marcos imortalizou e que Gabriel Jesus utilizou na Copa Libertadores do ano passado.

- É um número histórico. Um goleiro como Marcos, que fez história aqui, ganhou títulos. Depois essa camisa foi de Gabriel Jesus, que também conseguiu coisas. É uma camisa abençoada, um número abençoado. Tenho sorte de usá-lo. Sei que, com a bênção de Deus, poderei ir muito bem. É um número abençoado - disse o jogador.

O Palmeiras aposentou a camisa 12 quando Marcos encerrou a carreira, no início de 2012. Desde então, o número só foi utilizado por jogadores de linha quando o regulamento da competição obrigava, como acontece na Libertadores. Wellington, Marcos Vinícius e André Luiz, todos zagueiros, foram inscritos com a 12 em competições internacionais antes de Gabriel Jesus. Com Borja será diferente: ele usará a camisa em todas as competições da temporada, inclusive já estará com ela no jogo contra a Ferroviária, às 16h30 deste sábado, quando deverá fazer sua estreia no segundo tempo.

Enquanto o goleador falava, o pequeno Samuel corria e pulava pela sala de imprensa da Academia de Futebol. O garoto virou xodó da torcida quando o clube divulgou o vídeo feito por Borja ainda durante a negociação, em que ele aparecia cantando o nome do Verdão e dizendo que gostaria de vir ao Brasil.

- Ele queria vir para o Brasil. Não sei se era porque quando eu vinha para cá sempre fazia gols (risos) - disse o pai, lembrando que foi carrasco do São Paulo e do Coritiba em 2016, ano em que foi campeão da Libertadores pelo Atlético Nacional.

Na temporada passada, quando defendeu Cortuluá (COL) e Atlético Nacional (COL), Borja marcou 39 gols em 55 jogos. Foram 25 jogos e 22 gols pelo Cortuluá e 27 jogos e 17 gols pelo Nacional. Pela seleção colombiana, fez quatro jogos e não marcou gols. Depois do ótimo desempenho, ele prefere não estabelecer metas para 2017:

- Meu trabalho é fazer gols, treino para isso. Foi por isso que me trouxeram. Sem dúvida é uma grande responsabilidade, pelo que está acontecendo com minha chegada. Dependo de Deus para marcar gols. Não dependo de um escudo, de uma camiseta para marcar gols, dependo da graça de Deus e dos meus companheiros. Não posso colocar uma meta, porque Deus nos surpreende. Quando eu estava no Nacional, no Cortuluá, me coloquei uma meta e dobrei - completou.