Destino de astros, Liga Saudita pode ofuscar campeonatos da Europa?

A Premier League, por exemplo, viu jogadores como Kanté, Mahrez, Mané, Koulibaly e Fabinho saírem.

Na Espanha, Benzema, um dos astros do Real Madrid, também preferiu jogar no futebol saudita.

A Itália perdeu Ibañez, Brozovic e Milinkovic-Savic, Portugal viu a saída de Otávio, a França perdeu Neymar e a Rússia Malcom.

Porém, na avaliação de especialistas consultados pelo UOL, a saída de tais atletas não terá impacto para Ligas já consolidadas.

O que eles disseram

"Excluindo Cristiano Ronaldo e Messi (que foi para os Estados Unidos), todos os demais que trocaram a Europa pela Arábia Saudita têm ou terão em breve substitutos de nível e apelo similar nos seus clubes, e não vão reduzir a relevância da competição em qualquer mercado", disse o especialista em marketing esportivo Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.

A empresa de entretenimento norte-americana é comandada pelo cantor Jay-Z e se tornou acionista majoritária e controladora da TFM Agency, companhia com mais de vinte anos de experiência no futebol mundial e que gerencia as carreiras de Vini Jr, Lucas Paquetá, Endrick e Gabriel Martinelli.

"Traz um pouco de impacto em casos como Neymar e Mané, mas a chegada de talentos já desenvolvidos e que se consolidaram competindo vai trazer qualidade próxima ou igual ao que outros talentos tinham feito. É um ciclo natural, não vai afetar o nível da competição", disse Sandro Orlandelli, que recentemente se desligou do Internacional.

Membro da UEFA Academy e especialista na identificação de talentos pela Federação Inglesa de futebol, Sandro tem formação em Harvard e foi scout de equipes importantes da Europa, como Arsenal, Manchester United e Saint-Éttienne, da França.