Topo

Atlético-MG

Atlético-MG questiona decisões da arbitragem: 'no mínimo está estranho'

Para o diretor de futebol do Atlético-MG, Rodrigo Caetano, a arbitragem está pressionada nos jogos do clube - Pedro Souza/Atlético-MG
Para o diretor de futebol do Atlético-MG, Rodrigo Caetano, a arbitragem está pressionada nos jogos do clube Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

12/05/2022 12h51

Cerca de 12 horas após o término da partida com o Red Bull Bragantino, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro, o diretor de futebol do Atlético-MG, Rodrigo Caetano, concedeu uma entrevista coletiva na Cidade do Galo. Mas antes de abrir para as perguntas dos jornalistas, o dirigente alvinegro aproveitou o momento para questionar a arbitragem. "No mínimo está estranho", comentou Caetano.

A reclamação aconteceu após novo empate em que o clube se sentiu bastante prejudicado por decisões da arbitragem. No jogo realizado no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, o Atlético entende que houve um erro grave ao anular por impedimento um lance que resultado em pênalti e expulsão do zagueiro Leo Ortiz. Na avaliação do clube mineiro, o lateral-direito Hurtado tentou cortar uma finalização, o que daria condições de jogo para Guilherme Arana. No entanto, o árbitro Bráulio da Silva Machado (Fifa/SC) interpretou a jogada como um desvio no defensor do Bragantino, portanto, caracterizando impedimento do lateral atleticano.

A jogada aconteceu aos 19 minutos do primeiro tempo, quando o Galo perdia por 1 a 0. "O lance de ontem é outro absurdo, todos nós sabemos a regra. A gente faz um investimento e temos aqui um consultor de arbitragem que vem dar palestra para os jogadores, para falar das regras e explicar as orientações. Não sei se mudou as orientações agora, com o Seneme, é importante ele dizer. Verdade seja dita, é que foi inacreditável a anulação do lance que certamente mudaria a história do jogo", analisou o dirigente atleticano.

Guga, lateral do Atlético-MG, exibe as marcas da chuteira de Danilo Barcelos, do Goiás - Pedro Souza/Atlético-MG - Pedro Souza/Atlético-MG
Guga, lateral do Atlético-MG, exibe as marcas da chuteira de Danilo Barcelos, do Goiás
Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

O receio do Galo com a arbitragem não é novo, afinal o clube reclamou bastante da não expulsão do lateral-esquerdo Danilo Barcelos, no confronto com o Goiás, pela 4ª rodada do Brasileirão. O lance foi aos 4 minutos da etapa inicial e o jogador do clube goiano recebeu apenas o cartão amarelo, apesar da entrada que deixou até as marcas das travas da chuteira na barriga de Guga.

Para o Atlético, a arbitragem está pressionada nos jogos do clube, tudo por causa da pressão feita por adversários e brincadeiras criadas pelas torcidas rivais. Em 2021, durante a conquista do Brasileirão, o Galo foi o time que mais teve pênaltis marcados a favor, o que gerou uma onda de memes.

"São fatos recorrentes, que nos deixam preocupados em relação ao futuro. O árbitro tem que ter isenção, não pode ficar apitando pelo passado histórico, por mais que seja uma narrativa exclusivamente fora daqui de BH. Lances que são para o Galo são interpretados de uma forma, enquanto de outras equipes são de outra forma. O lance do Guga é outro absurdo, fosse contra qualquer outra equipe e teria o cartão vermelho", disse o diretor de futebol do Atlético.

Sobrou até para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que nessa quarta-feira foi denunciado por agressão e pode pegar até 12 partidas de suspensão.

"Estamos num país em que as redes sociais têm um peso enorme. A manifestação de outros clubes, de forma até exagerada, querendo diminuir a qualidade do trabalho e o mérito das conquistas do Galo. E não foi só no ano passado não, este ano também. Só ver o absurdo que é o Hulk ser denunciado pelo STJD. Sabemos como é composto com o STJD, da identificação com vários dos auditores com outros clubes", completou Caetano.

Atlético-MG