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Francês - 2019/2020

Jornal francês critica demora na volta do futebol: "Como idiotas?"

Capa do L"Equipe - Reprodução/Twitter
Capa do L'Equipe Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

29/05/2020 08h31

Enquanto ligas como a da Inglaterra e a da Itália começam a marcar datas para retorno e a Alemã já acontece, o futebol francês segue parado. Hoje, o jornal L'Equipe usou sua capa para fazer críticas a essa demora e estampou uma pergunta, questionando se eles são "idiotas".

A imagem traz uma lista dos campeonatos que estão voltando: alemão, espanhol, inglês, italiano. Todos com um "check" verde. Em vermelho, com um X, só o francês. Por lá, decidiu-se encerrar a temporada, já no dia 30 de abril.

"Depois de anunciar a volta da Premier League e da Serie A (17 e 20 de junho) a Ligue 1 [o Campeonato Francês] resta como o único dos grandes campeonatos europeus a não reiniciar", diz a capa.

"Jean-Michel Aulas, presidente do Lyon, milita para que a Liga reveja sua decisão", acrescenta o jornal.

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, anunciou ontem que os clubes da França poderão voltar aos treinamentos a partir da próxima terça-feira, dia 2 de junho, desde que um protocolo médico rigoroso seja seguido.

A liberação será gradual, como ocorreu em outros países da Europa. No primeiro momento, os atletas não poderão fazer trabalhos coletivos e com contato, somente exercícios individuais.

"Sinto muito, mas precisamos continuar limitando os modos de vida sociais mais propícios à transmissão do vírus", disse ele.

Philippe se esquivou de responder se a decisão de terminar o Campeonato Francês de forma precipitada foi a mais adequada, já que outras grandes ligas na Europa estão retornando e limitou-se a dizer apenas que "não era o momento".

"Acho que a próxima temporada poderá começar em condições normais", disse o primeiro-ministro.

O Lyon foi um dos clubes mais ativos contra a parada, chamando a decisão de encerrar o Francês de prematura. "A paralisação das competições, anormal e irracional, trará enormes problemas", opinou o clube, que foi à Justiça contra a decisão.