No Mogi Mirim, Lulinha defende tirar onda com grandes e planeja mais zoeira
O atacante Lulinha, apesar de ter deixado o Corinthians ainda em 2009, carrega “herança” dos 10 anos nos quais viveu o dia a dia do alvinegro. Mais especificamente, a rivalidade com Palmeiras e São Paulo, equipes com as quais costuma fazer brincadeiras – saudáveis, ele garante – por onde quer que passe. Agora no Mogi Mirim para disputa do Campeonato Paulista, afirma já estar pensando em nova zoeira.
“A brincadeira faz parte do futebol”, disse, bem-humorado, em entrevista ao UOL Esporte. “Vamos ver o que bolaremos para este ano. Temos de bolar alguma coisa. Joguei muito tempo contra eles, então a rivalidade existe, é normal”, prosseguiu o jogador, que foi a principal promessa do Corinthians na última década e tem o título de maior artilheiro das categorias de base do clube, com 297 gols.
Lulinha foi revelado em 2007, não vingou, e dois anos depois começou a ser emprestado pelo seu time de origem a outras equipes, até que em 2012 o contrato se encerrou.
O último clube da série de empréstimos foi o Bahia – e por lá fez a primeira zoeira contra um rival. Ao balançar as redes em vitória por 4 a 3 contra o São Paulo, disse que havia marcado contra um “freguês”. Já em 2015, defendendo o Red Bull Brasil no Campeonato Paulista, após dar assistência para um gol e anotar outro em triunfo por 2 a 0 sobre o Palmeiras, voltou a brincar: “demos uma chifradinha no porco”.
“Isso é legal, foi uma brincadeira saudável”, justificou-se. Lulinha, aliás, nem mesmo descarta vestir a camisa dos dois rivais corintianos. “Mesmo com as brincadeiras, nunca faltei com respeito em momento nenhum com Palmeiras ou São Paulo. Sou cria do Corinthians, e isso ficou marcado, mas hoje isso não pesa muito. Hoje não tem muito problema, o que importa é você ser profissional dentro de campo”.
No Mogi, o atacante, que estreou no último domingo (14), em 0 a 0 contra o XV de Piracicaba, tentará mais uma vez retomar a carreira. Em 2015, depois de um bom Paulistão pelo Red Bull, foi contratado pelo Botafogo para a Série B. O clube, que voltou à elite do futebol nacional, preferiu não seguir com ele para a atual temporada.
“Foi opção da diretoria”, explicou. “Eles optaram pela não-renovação de contrato, não exerceram a opção de compra. Mas não saí chateado, eu entendi. Não fui só eu, outros jogadores foram bem por lá e acabaram não ficando. Hoje os meus direitos federativos pertencem a mim mesmo”, completou.
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