Após escândalo na Fifa, EUA anunciam apoio a opositor de Blatter na eleição
Depois das prisões dos dirigentes do alto escalão do futebol mundial na última quarta-feira (27), em Zurique, na Suíça, Joseph Blatter perdeu mais um apoio para a eleição para a presidência da Fifa, que acontecerá nesta sexta-feira. Por causa dos casos de corrupção, a Federação de Futebol dos Estados Unidos anunciou que apoiará o príncipe da Jordânia Ali Bin Al Hussein no pleito.
A informação foi dada pelo próprio presidente da Federação, Sunil Gulati, em entrevista nesta quinta-feira. O dirigente disse ter ficado inicialmente decepcionado quando soube das prisões, “mas depois veio o sentimento de raiva”.
Candidato derrotado para ser sede das Copas do Mundo de 2018 e 2022, os Estados Unidos poderiam ver suas pretensões de sediar novamente um Mundial prejudicados com o não apoio a Blatter. Mas isso é algo que não preocupa Gulati.
“Se eu gostaria de ver os Estados Unidos sediando uma Copa do Mundo no futuro? A resposta é ‘claro que sim’. Mas para mim e para o futebol dos Estados Unidos, uma melhor governança e integridade na Concacaf e na Fifa são muito mais importantes que sediar qualquer torneio internacional de futebol”.
“Tenho certeza que algumas pessoas não concordarão com essa decisão e vão priorizar coisas diferentes. Mas é assim que nos sentimos e estamos fazendo o que pensamos ser certo. Se estar no lado certo nos custará perder a chance de sediar uma Copa do Mundo no futuro, o que seria lamentável, estamos preparados para lidar com isso”, continuou.
Em relação ao apoio a Ali Bin Al Hussein, Gulati diz gostar de “muitas coisas que ele defende e tem feito” e não se importa caso esteja do lado derrotado na eleição. “Estar do lado errado no resultado de uma eleição – se for isso que irá acontecer -, não necessariamente é estar no lado errado”.
Os Estados Unidos não são os únicos a declarar apoio ao candidato da oposição depois do escândalo de corrupção que resultou na prisão de sete cartolas, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marín. Antes deles, Canadá e a UEFA anunciaram que apoiariam Ali Bin Al Hussein.
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