Richarlison e Vini Jr se afirmam, mas Copa ameaça Fred e Jesus na seleção

A campanha frustrante do Brasil na Copa do Mundo de 2022 teve altos e baixos coletivos e também individuais. O encerramento do trabalho de Tite como técnico foi a ocasião para crescimento de importância de alguns jogadores na campanha no Qatar, mas um desgaste mesclado com perda de relevância para outros.

Pensando no início do ciclo para a Copa de 2026, alguns jogadores se veem em um caminho de maior conexão com a torcida e entrega de desempenho tático. Outros, longe disso. O UOL Esporte sugere um sobe e desce que destaca alguns dos 26 convocados.

Subiram

Vini Jr

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Foi o principal jogador do Brasil na Copa, com participação direta em quatro dos oito gols do Brasil: fez um, deu duas assistências e foi o autor da finalização que gerou rebote para o primeiro de Richarlison no Mundial. Antes da Copa, havia certa dúvida sobre sua titularidade, já que uma das variações táticas de Tite era sem ele como titular. Mas o técnico percebeu que não poderia abrir mão de Vini Jr.

Richarlison

Tirou a seca da camisa 9 do Brasil em Copas. Fechou a campanha com três gols — dois na estreia diante dos sérvios e um contra a Coreia do Sul. A dança do Pombo traz um carisma a mais e a relação com o torcedor brasileiro, em geral, cresceu. Tecnicamente, mostrou-se à frente dos demais centroavantes do Brasil.

Éder Militão

O zagueiro funcionou muito bem como lateral-direito. Isso pode ser relevante para o próximo ciclo, considerando a idade dos candidatos e a escassez de nomes de peso para a posição. Veloz, seguro, um acerto de Tite para suprir, em momentos diferentes, as ausências de Danilo e Alex Sandro por lesão.

Casemiro

Foi o destaque do Brasil nos dois primeiros jogos, inclusive, fazendo um gol crucial diante da Suíça. O equilíbrio defensivo no meio-campo passa muito por ele, mas também foi importante na construção de jogadas. Casemiro joga tão bem que não dá brechas para ter a titularidade questionada, apesar do ótimo Fabinho estar no banco. Mesmo que o jogo contra a Croácia não tenha sido dos melhores, é um candidato a capitão no próximo ciclo.

Desceram

Raphinha

O titular que mais deixou a desejar na seleção nesta Copa. Perdeu gols claros e tomou decisões erradas, embora tenha sido um dos que mais correu entre os "perninhas rápidas da seleção". Uma parte da torcida brasileira pedia ele fora do time na reta final do torneio. Raphinha vai precisar se firmar no Barcelona para voltar a ser prioridade na seleção.

Alisson

Foi pouco exigido na Copa, em geral, mas não conseguiu parar o chute mais importante, contra os croatas. Por outro lado, fez três defesas complicadas contra a Coreia do Sul. Mas o fim do enredo foi: não defendeu uma cobrança sequer na disputa de penalidades que resultou na eliminação do Brasil. Eliminado nas quartas na segunda Copa como titular, pode perder espaço para Ederson.

Bruno Guimarães

Decepcionou por causa das expectativas geradas ao seu redor. Entrou mal especialmente contra Camarões, quando perdeu gols claros. Poderia ter acirrado a disputa no meio-campo, tornando-se mais uma opção viável para Tite, mas foi mal, como um todo.

Fred

Perdeu o status de opção inicial ainda nos treinos em Turim. Quando teve a chance de mostrar serviço, ao ser titular após a lesão de Neymar, não conseguiu. Para completar, estava muito avançado na jogada que originou o contra-ataque do gol da Croácia na prorrogação e a tendência é que fique marcado pelo lance.

Gabriel Jesus

Reserva em dois jogos e titular em um, saiu em branco em mais uma Copa do Mundo. O mais cruel é que a passagem do atacante pelo Qatar foi mais curta por conta de uma lesão no joelho sofrida na terceira partida. Nem ficou para o mata-mata.

O UOL News Copa fala sobre a busca de Giroud pela artilharia, a definição das semifinais, o choro de Cristiano Ronaldo, o abalo nos jogadores do Brasil, a arbitragem brasileira na Copa e mais! Confira: