Juca Kfouri

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Reportagem

Wagner Leonardo facilita a vida do São Paulo na Bahia

Wagner Leonardo, zagueiro do Vitória, tem 24 anos, foi revelado pelo Santos, já defendeu uma porção de clubes pelo Brasil afora e até em Portugal jogou.

Mas se esqueceu de que existe o VAR e soltou o cotovelo em Calleri na área do São Paulo antes do quinto minuto de jogo no Barradão sob chuva.

E foi para o chuveiro mais cedo, devidamente presenteado com cartão vermelho.

Teve sorte, porque o atacante argentino, justamente indignado, jurou-o de morte sem cerimônia.

Melhor ser expulso que hospitalizado.

Daí, aos 17 minutos, Igor Vinicius só não pôs o Tricolor na frente porque a bola desviou em PK na pequena área, em grande jogada de Rodrigo Nestor pela esquerda.

Na metade do primeiro tempo o gramado já acusava a chuva, o que facilitava a marcação baiana e exigia paciência dos paulistas.

Se o plano inicial rubro-negro era agredir, passou a ser defender.

Aos 30, Luis Zubeldia sacou Bobadilla, amarelado, e pôs Galoppo, em triângulo argentino.

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Em cinco minutos Galoppo também foi amarelado.

Há profissionais no futebol realmente incompreensíveis.

Uns ignoram o VAR, outros fazem faltas idiotas no ataque.

Aos 39 minutos aconteceu um lance inacreditável: Luciano foi à linha de fundo, deu para Galoppo bater na cara de Lucas Arcanjo, o goleiro fez milagre, mas deu rebote que Igor Vinicius mandou na trave.

Cinco minutos depois, já que Igor Vinicius não levava sorte na hora de fazer o gol, ele mudou de método e preferiu botar a bola na cabeça de Luciano que abriu o placar: 1 a 0.

O Vitória até resistiu demais e a diferença mínima ficou de bom tamanho.

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Pior foi o papel de Wagner Leonardo no intervalo dar entrevista para juntar sua voz aos que desconfiam da lisura, não da qualidade, veja bem, das arbitragens.

Uma que, expulso, ele não poderia estar no gramado.

Duas que, em vez de pedir desculpas pela sua violência e burrice, ainda fez o papel de acusador. Merece suspensão longa.

O Vitória voltou com Mateus Gonçalves e Lucas Esteves nos lugares de Osvaldo e PK e logo, aos três minutos, Matheusinho bateu escanteio para Willian Oliveira empatar de cabeça entre Luciano e Calleri, que só olharam: 1 a 1.

A alegria não durou cinco minutos, porque, aos 7, de Rodrigo Nestor para Michel Araújo ir ao fundo e achar Luciano livre para fazer 2 a 1.

Para quem, no Brasileirão passado, ganhou apenas uma vez como visitante, e na penúltima rodada, agora, na quinta, vencia pela segunda.

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Alan Franco, Rodrigo Nestor e Igor Vinicius deixaram o jogo, aos 22, e Erick, Ferraresi e Rodriguinho entraram.

No Vitória, Janderson deu lugar a Luiz Adriano.

O jogo ficou chato porque bateu o cansaço nos baianos que ficaram impotentes e os paulistas não estavam muito interessados em fazer mais gols, se bastavam com a administração do resultado.

Claro que uma bola vadia poderia mudar tal estado de coisas e a vantagem mínima sempre dá margem ao imprevisto, mais ainda com chuva e gramado pesado, convites ao inesperado.

Verdade que Galoppo fez bela jogada pela direita, conseguiu dar drible seco na molhaceira e entregou o 3 a 1 para Rodriguinho mandar nas nuvens carregadas de Salvador.

Mas, aos 38, Ferraresi pegou o rebote de um quase gol de Calleri salvo na linha fatal, livrou-se de um adversário com categoria e com mais categoria ainda bateu de bico no ângulo. Fim de papo, 3 a 1.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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