Fla e Flu querem 'revolucionar' futebol do Rio. Mas estão sozinhos nessa
Unidos contra a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), Flamengo e Fluminense pregam mudanças imediatas pela melhoria do futebol carioca, mas estão isolados politicamente nos bastidores. Por enquanto, a dupla não conta com qualquer aliado declarado para a "revolução" que planeja e tenta botar em prática já em 2016.
Além dos grandes Vasco e Botafogo, a maioria dos clubes de menor expressão do Rio de Janeiro está alinhada com a Ferj, o que deixa Rubro-negro e Tricolor, portanto, como os únicos interessados diretos no rompimento com a atual estrutura do futebol carioca em um futuro próximo.
Nem mesmo em âmbito nacional a dupla está em posição de vantagem em relação aos rivais. Comandada por José Maria Marin, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) mantém relação amigável com o presidente da Ferj, Rubens Lopes. Até por causa disso, os dois clubes concentram a luta apenas no Rio de Janeiro.
O cenário cria uma possibilidade curiosa: Flamengo e Fluminense podem criar uma liga de clubes cariocas sem saber com quem contarão para integrá-la. Os rivais Botafogo e Vasco já deixaram claro o posicionamento, enquanto os pequenos se mostraram felizes com o comando de Rubens Lopes.
"Nós já estamos rompidos com a federação, isso é definitivo e irreversível. Disputamos o Campeonato Carioca de 2015 sob protesto, em respeito a vocês da imprensa, televisão, torcedores e público em geral. Mas a partir de 2016 a conversa será outra. Não sou de bravatas, não gostaria de dizer que criaremos uma liga, que ano que vem será assim. Isso envolve a esfera jurídica e política, mas temos conversado com os interlocutores e a televisão. Estamos dispostos a mudar a partir do ano que vem, mesmo que a gente perca um pouco de dinheiro", disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, em entrevista à ESPN, ao lado do mandatário tricolor, Peter Siemsen.
Por outro lado, Flamengo e Fluminense ganharam um apoio inesperado na última semana, com declarações públicas de suporte por parte do presidente do Atlético-PR, Celso Petraglia, que ressaltou a vontade dos clubes do estado de participar do movimento com a dupla carioca. Segundo o mandatário, Paraná Clube e Coritiba também estariam interessados na criação de uma liga.
Enquanto buscam aliados e observam a resistência dos rivais, os times da Gávea e das Laranjeiras tentam impor uma "derrota" à Ferj dentro das quatro linhas. Eles disputam contra Vasco e Botafogo, atuais aliados de Rubens Lopes, as vagas na decisão do polêmico Campeonato Carioca de 2015.
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