A China não para: está invadindo também o futebol espanhol
Não é só o futebol brasileiro que está sentindo o alto investimento da China no futebol. Um dos campeonatos mais importantes do mundo, o Espanhol vê os asiáticos chegarem com força. Em vez de levarem muitos jogadores, no entanto, eles querem é marcar presença no país europeu. Compra de clubes, patrocínios, reforma de estádio e até a imposição de jogadores chineses fazem parte da estratégia.
O projeto mais ousado talvez seja o do bilionário Chen Yansheng, dono do grupo Rastar. A empresa comprou 56% das ações do Espanyol e se tornou sócia majoritária do clube catalão. O objetivo é transformar o Espanyol no “Manchester City de Barcelona”. Ou seja, brigar pelo título nacional e chegar à Liga dos Campeões em três temporadas.
O grupo Rastar irá saldar todas as dívidas do clube e investir em reforços para poder brigar por títulos. “Acabou o sofrimento. Com esse investimento, estaremos entre os melhores. Não podíamos perder essa oportunidade”, resumiu o ex-presidente do time, Dani Sánchez.
O Atlético de Madri também vendeu ações para chineses: 20% para o Wanda, gigante imobiliário e do entretenimento. Além disso, estampa em suas mangas a marca Huawei, de eletrônicos. A OPPO, chinesa do ramo de celulares, também fechou acordo com o Barcelona para publicidade no estádio Camp Nou.
Já Rayo Vallecano e Real Sociedad estampam em suas camisas a marca da Qbao, gigante da informática. Com um detalhe: os caracteres usados nos uniformes são em mandarim. Os acordos com esses times ainda renderam um amistoso na Ásia e outras participações.
O Rayo, por exemplo, teve que incorporar a seu elenco um jogador chinês, mesmo que sem o aval do técnico. A Real Sociedad, por sua vez, contará com a ajuda do patrocinador na futura reforma de seu estádio.
Alguns jogadores do país também foram contratados para jogar na China, mas parece que a fórmula na Espanha é diferente: mostrar-se presente para ganhar espaço tanto no mercado asiático, como no mercado europeu.
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