Bebedeira e choro marcam quebra de jejum de 17 anos do River Plate
A vitória por 2 a 0 sobre o Atlético Nacional, na última quarta-feira (10), no estádio Monumental de Nuñez, representou muito para o River Plate. O resultado deu a taça da Copa Sul-Americana ao time argentino, que não obtinha uma conquista internacional havia 17 anos. E a relevância disso pôde ser medida pela festa, embalada por bebedeira e choro nas ruas de Buenos Aires.
A movimentação já havia tomado conta das ruas de Buenos Aires antes mesmo do título. A festa da torcida do River Plate começou por volta de 19h (horário local) e foi até alta madrugada na capital argentina. Houve pessoas chorando muito e um grande contingente de alcoolizados. De manhã, garrafas de vinho vazias estavam espalhadas pelas ruas.
"Não consigo expressar minha alegria após tanto tempo. Hoje é dia de extravasar", resumiu Isac Andrada, 22, torcedor do River Plate que estava na festa.
A vitória sobre o Atlético Nacional coroou a campanha do River Plate na Sul-Americana (oito vitórias e dois empates em dez jogos, com direito a eliminar o Boca Juniors nas semifinais). Os gols foram marcados por Mercado e Pezzella.
Mais do que isso, o triunfo foi um símbolo de uma reação histórica do River Plate. Nos 17 anos sem taças internacionais, o clube viu o Boca Juniors, maior rival, conquistar 11 taças. Além disso, perdeu relevância até no cenário nacional e chegou a ser rebaixado para a segunda divisão argentina.
A última taça internacional do River Plate havia sido a Supercopa de 1997, quando Marcelo Gallardo ainda era um dos principais jogadores da equipe. O atual treinador foi um dos personagens mais relevantes do fim do jejum.
Ana, mãe de Gallardo, morreu no dia 25 de novembro. E Nahel, 16, que é filho do treinador e joga na base do River, trabalhou como gandula na decisão da Sul-Americana. Além da ligação com o clube, esses fatores pessoais contribuíram para construir o protagonismo do comandante.
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