Guto cita Chape e dá recado à torcida: "Se quiserem facilitar, apoiem"
Guto Ferreira viu, já em sua estreia pelo Inter, uma pressão imensa. Do reservado, ouviu vias ao time no empate em 1 a 1 contra o Juventude. Depois da partida, concedeu entrevista coletiva de onde se ouvia os gritos dos aficionados no protesto do lado de fora do Beira-Rio. Xingamentos e palavras de baixo calão tomaram conta do pátio vermelho. E nesta segunda, ao se preparar para o segundo jogo, ele citou a Chapecoense e foi claro ao mandar recado para os torcedores.
"Para jogar numa equipe como o Inter, tem que ter inicialmente uma condição de assimilação dessa pressão. Isso é uma questão. Mas para a gente ver um diferencial, não que não exista pressão, mas a pressão na Chapecoense é muito menor. Ainda mais com o acidente que aconteceu. A cidade abraçou a equipe de tal maneira, que está praticamente carregando o time no colo. O que está acontecendo em campo? A equipe cresceu de patamar, joga competições internacionais em altíssimo nível. Está se estruturando e há duas rodadas lidera a Série A. É uma equipe montada recentemente, do zero", disse Guto.
Ao citar os catarinenses, o treinador do Inter mostra o que pretende de sua torcida. Em vez da cobrança, o apoio. Em vez do xingamento, o aplauso para que os jogadores sintam-se, de fato, em casa no Beira-Rio, onde o Colorado não vence há dois jogos.
"Esta questão (cobrança e pressão) pode atrapalhar, sim. E o apoio pode facilitar, sim. O momento do Inter é de busca por encontrar seu caminho. Neste momento, é opção de cada um. Se for para bater, vamos suportar e virar a mesa. Se quiserem nos facilitar, que apoiem", determinou.
O recado foi claramente contrário à postura adotada recentemente pelos aficionados. Ao fim do primeiro tempo contra o Juventude já se ouvia vaias vindas das cadeiras do estádio do Inter. E depois do jogo o clima tenso se estendeu até a saída dos atletas.
Não houve foco de violência ou depredação. Depois de xingarem desde jogadores até dirigentes passando por comissão técnica e funcionários, os aficionados deixaram o local sem necessidade de participação da polícia para isso.
O quadro lembrou 2016. No ano passado, jogo após jogo, infortúnio após infortúnio, os colorados protestavam no pátio de seu estádio. Às vezes até abusaram com depredação de portas e paredes e até carros de jogadores atingidos. De nada adiantou. O elenco só se abalou ainda mais, teve evidentes problemas psicológicos também gerados pela pressão exercida pelos torcedores e acabou rebaixado à segunda divisão nacional.
O Inter vem de três jogos sem vencer na Série B, ocupa apenas a 10ª posição na classificação e nesta terça-feira encara o Figueirense fora de casa. O jogo está marcado para o estádio Orlando Scarpelli às 20h30 (de Brasília). Seis titulares foram preservados do jogo: Edenílson, D'Alessandro, Léo Ortiz, Rodrigo Dourado, Uendel e Nico López.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.