Santos bate Palmeiras no Allianz e se aproxima do líder Corinthians
O Santos não teve vergonha de se retrair e especular no Allianz Parque. Justamente desta forma, seguro na defesa e eficiente no ataque, a equipe de Vila Belmiro venceu pela primeira vez o Palmeiras na nova arena. Em uma chuvosa noite de sábado, o time de Levir Culpi fez 1 a 0, gol do centroavante Ricardo Oliveira, e se aproximou do líder Corinthians na disputa pelo título do Campeonato Brasileiro.
O triunfo na casa de um adversário com quem alimenta uma grande rivalidade nos últimos anos ratifica o Santos como principal perseguidor ao Corinthians na briga pela taça. O resultado positivo deixou a equipe da Baixada Santista com 47 pontos, sete a menos do que os corintianos, que entram em campo neste domingo para encarar o Cruzeiro, no Mineirão.
Enquanto o Santos comemora, o Palmeiras se complica. Diante da ideia de incomodar o arquirrival na briga pelo título, a equipe de Cuca se afasta do objetivo com o tropeço dentro de casa. A desvantagem para o Corinthians segue em 11 pontos, restando agora apenas mais 12 jogos para os alviverdes.
Depois do clássico deste sábado, as duas equipes terão quase duas semanas de preparação antes do próximo compromisso. O Santos volta a campo no próximo dia 12 para encarar a Ponte Preta, em Campinas, a partir das 17h (de Brasília). Na mesma data, mas às 21h, o Palmeiras recebe o Bahia, no Pacaembu.
Quem foi bem: Mayke e Matheus Jesus
Em um clássico de pouco desenvolvimento ofensivo, duas peças das defesas rivais se destacaram. Pelo lado do Palmeiras, o lateral direito Mayke fez uma das suas melhores partidas com a camisa alviverde – parou Ricardo Oliveira em corte providencial e ainda ajudou no ataque. Já no Santos, Matheus Jesus controlou o meio-campo, melhorou a saída de bola e se apresentou como uma sombra ao palmeirense Moisés.
Quem foi mal: Moisés
Do outro lado da “sombra”, Moisés sofreu neste sábado. O camisa 10 do Palmeiras pouco colaborou ofensivamente e sofreu com a marcação santista – especialmente no segundo tempo, quando o time de Levir Culpi recuou em demasia. O meia cresceu após o gol do Santos, mas não foi o suficiente para o “peso” que o Profeta tem no time palmeirense.
Desta vez, sem careta
Um dos protagonistas que mais colaboraram para o crescimento da rivalidade entre Santos e Palmeiras foi justamente quem definiu o jogo. Ricardo Oliveira aproveitou praticamente a única grande chance do segundo tempo e balançou as redes aos 30min da segunda etapa. Desta vez, sem careta (ou qualquer provocação) na comemoração.
Palmeiras cresce, mas cria pouco
Em desvantagem na tabela e diante da grande adversidade com o gramado encharcado, o Palmeiras enfrentou problemas para propor o jogo. O lado esquerdo, no qual Dudu caiu durante boa parte do primeiro tempo, possuía condições mínimas de jogo, e as poças dificultaram a construção de jogo palmeirense. No segundo tempo, com a melhora no terreno de jogo, Dudu e Willian apareceram mais para o jogo, e o volume do time da casa acuou os santistas. Contudo, o excesso de bolas aéreas facilitou David Braz e Lucas Veríssimo, e o Santos se segurou.
Santos investe no contra-ataque
Enquanto o Palmeiras quis controlar e dominar, o Santos não se preocupou em retrair-se durante o clássico e investiu nos contra-golpes. Os longos lançamentos buscavam as pontas, especialmente o lado esquerdo da defesa mandante, ocupado pelo veterano Zé Roberto. Por ali saíram as melhores jogadas, como o lance de Daniel Guedes, que achou Ricardo Oliveira dentro da área – Fernando Prass fez um “milagre”.
Cuca abdica de Zé Roberto após o intervalo
O Santos explorou em demasia o lado esquerdo da defesa palmeirense, e Cuca diagnosticou o problema logo no intervalo. Diante da desvantagem nítida em relação aos rivais, especialmente Bruno Henrique e Daniel Guedes, Zé Roberto deixou o jogo logo no intervalo. O treinador palmeirense tratou de deslocar Tchê Tchê para a defesa e reforçou o meio-campo com a presença do volante Thiago Santos.
Levir solta Matheus Jesus e vê “brecha”
Pela primeira vez como titular com a camisa do Santos, o meio-campista Matheus Jesus surgiu como elemento surpresa de Levir Culpi – tanto na escalação quanto no esquema diante do Palmeiras. O camisa 22 se apresentou para o jogo e mostrou-se como um elemento importante para quebrar o sistema de defesa de Cuca. Jesus caiu muitas vezes pela direita, aproximou-se de Daniel Guedes e dificultou a marcação de Zé Roberto, que saiu no intervalo.
Primeira vitória dentro do Allianz
O Santos conquistou neste sábado a sua primeira vitória dentro do Allianz Parque. Até então, o time da Vila Belmiro acumulava três derrotas e dois empates.
Suspensos
O Palmeiras perdeu uma peça para o confronto do próximo dia 12 contra o Bahia, no Estádio do Pacaembu. O zagueiro Luan recebeu o terceiro cartão amarelo no clássico deste sábado e está suspenso. A vaga será ocupada por Edu Dracena, novamente à disposição do treinador após acumular três cartões amarelos e desfalcar o atual campeão nacional no clássico. O lateral direito Mayke, destaque neste sábado, também foi advertido pela terceira vez no fim do jogo e não atuará diante dos baianos.
Cai a água e cai a luz
As emoções do clássico deste sábado começaram antes mesmo de a bola rolar. Fora o fato de os palmeirenses enfrentarem uma forte chuva para chegaram à arena, as luzes dos refletores do estádio se apagaram a 10min do início da partida. Em virtude da tempestade que atingiu São Paulo, o fornecimento de energia foi interrompido e a iluminação caiu. O problema, no entanto, acabou brevemente resolvido, e a partida se iniciou com apenas 3min de atraso.
PALMEIRAS 0 x 1 SANTOS
Local: Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 30/09/2017 (sábado)
Árbitro: Marcelo Aparecido R. de Souza (SP)
Assistentes: Anderson José de Moraes Coelho (SP) e Bruno Salgado Rizo (SP)
Renda: R$ 2.760.716,34
Público: 37.527 pagantes
Cartões amarelos: Luan, Mayke e Fernando Prass (PAL); Matheus Jesus, Jean Mota, Zeca, Alisson e Bruno Henrique (SAN)
Gol: Ricardo Oliveira, aos 30min do segundo tempo
PALMEIRAS
Fernando Prass; Mayke, Luan, Juninho e Zé Roberto (Thiago Santos); Tchê Tchê, Jean, Moisés e Dudu; Willian (Borja) e Deyverson
Técnico: Cuca
SANTOS
Vanderlei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Zeca; Alison, Matheus Jesus e Jean Mota (Serginho); Copete, Bruno Henrique e Ricardo Oliveira (Kayke)
Técnico: Levir Culpi
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