Atletiba, um clássico em que o mando de campo tem pouca influência
O Atletiba 374 vai opor mais uma vez os maiores rivais do futebol paranaense. O jogo, no domingo (10) às 11h, será na Arena da Baixada, caldeirão temido por muitos times Brasil afora. Mas, ao se olhar o retrospecto histórico, o mando de campo não é sinônimo de vitória nesse clássico. Nem na Baixada, nem no Alto da Glória.
Enquanto São Paulo e Flamengo, mesmo com equipes poderosas ao longo dos anos foram à Baixada e saíram derrotadas ou no máximo com um empate, o maior rival do Furacão tem um retrospecto de bom desempenho em campo inimigo. No recorte apenas da Arena reformada para a Copa do Mundo 2014, muito equilíbrio: três vitórias atleticanas, duas do Coxa e um empate desde a reinauguração do estádio.
O Coxa foi o primeiro time a vencer o Atlético no gramado sintético, feito que repetiu nesse ano, na final do Estadual. Ao longo dos anos, desde a velha Baixada, a vantagem é atleticana, mas não é gritante. São 95 Atletibas na casa rubro-negra, com 40 vitórias atleticanas (42,1%), 29 empates (30,5%) e 26 vitórias coxas-brancas (27,5%), de maneira em que o Coxa saiu com ao menos um pontinho do terreno rival em mais da metade dos jogos. O último encontro foi amargo para os donos da casa: 3 a 0 para o Coritiba e mão na taça do Paranaense 2017.
Para efeito de comparação, jogando no Couto Pereira, o Coxa tem vantagem proporcional, ligeiramente superior: 93 vitórias (45,8%), 60 empates (29,5%) e 50 derrotas (24,5%), ou seja: o Atlético também saiu do campo inimigo com ao menos um ponto na maior parte dos jogos. Todos os números são do Grupo Helênicos, historiadores que acompanham o clássico e a história do Coritiba ao longo dos anos. Estão excluídas estatísticas de mando de campo em outros estádios, como Pinheirão e Vila Capanema.
Para o duelo de domingo, um ingrediente a mais: de melhor mandante do Brasileirão 2016, o Atlético passou a ser apenas o 16º neste quesito em 2017, com 4 derrotas e 2 empates nos 10 jogos que fez em casa. O índice segue um campeonato atípico, em que 31% dos visitantes vencem e 25% dos jogos acabam com pelo menos um empate. Por outro lado, o Coxa é um visitante que não tem aproveitado a onda: venceu 3 e empatou 1 de seus 10 jogos longe do Couto Pereira, sendo apenas o 14º visitante mais perigoso.
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