Novato do elenco do Corinthians levou Guilherme Arana ao clube há 11 anos

Diante de tantas baixas no elenco ao longo da temporada, o Corinthians lançou mão recentemente de uma fornada de atletas das categorias de base nos profissionais. Entre eles, o meia e lateral novato Guilherme Mantuan, 19 anos, é aquele que tem mais histórias do clube para contar.

Na última quarta-feira, Mantuan escreveu mais uma página nesse livro. O jogador foi relacionado pela primeira nos profissionais pelo treinador Oswaldo de Oliveira, viajou a Florianópolis e ficou no banco de reservas no empate por 1 a 1 com o Figueirense. Com mais de uma década de Parque São Jorge, o atleta que chegou criança ao clube tem participação decisiva na história de outra promessa corintiana. Essa, por sinal, já com certa rodagem entre os adultos.

Foi pelas mãos de Mantuan que Guilherme Arana, também 19 anos, se tornou jogador do Corinthians. Quem conta a história é Cintia, mãe do lateral esquerdo campeão brasileiro de 2015.

"O Mantuan e o Arana se conhecem desde os 7 anos, porque jogavam em uma escolinha de futebol society (pertencia ao jogador Elano, do Santos). De lá, foram para o futsal do Juventus da Mooca. Um dia, o Mantuan foi fazer testes no Corinthians e levou o Arana junto. O pai dele disse 'vamos lá, vamos ver'. Eu nem pensava em procurar outra equipe", recorda Cintia.

Os garotos tinham oito anos de idade, conta à reportagem Alexandre Mantuan, pai e dono da ideia. "Eu fui atleta, então sabia que os dois eram muito bons. Tecnicamente eles sempre foram muito bons e já jogavam contra o Corinthians. Então colocamos eles no carro e fomos, a Cintia agradeceu. Eu sabia que eles iam deslanchar", explica sobre os garotos aprovados de cara.

A importância de Mantuan para a carreira de Guilherme Arana vai além do convite. Por muito tempo, as caronas de Márcia, mãe dele, foram fundamentais para o colega lateral. "Estávamos sempre juntos, sempre na mesma correria, e a mãe dele me dava muita carona porque eu não tinha carro. Então o Arana às vezes ia treinar sozinho e a mãe do Mantuan ficava muito preocupada. Ela me ajudou muito essa época", agradece Cintia.