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Semelhança só no nome. Estilos distintos separam Robinhos no clássico

Um é mais passe, o outro é mais drible. Semelhantes são poucas entre os xarás - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Um é mais passe, o outro é mais drible. Semelhantes são poucas entre os xarás Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno, Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

17/09/2016 06h00

O clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG colocará frente a frente dois xarás em alta em cada um dos times. Titular absoluto de Mano Menezes, Robinho chegou ao Cruzeiro em maio e precisou de pouco tempo para cair nas graças da torcida. Em contrapartida, o outro Robson é um dos artilheiros do campeonato e uma das armas alvinegras para tentar vencer no Mineirão. Mas as semelhanças entre os dois não vão muito além dos nomes. Guardadas as devidas importâncias de cada um em suas equipes, é com estilos diferentes que a dupla tentará triunfar às 16h deste domingo.

A começar pelas atuações dentro de campo, a maneira de jogar já esclarece por que os dois Robinhos não são tão parecidos assim. O camisa 19 estrelado tem mais preferência pelo passe, além de contribuir bem na parte defensiva, enquanto o camisa 7 chama mais atenção pelos dribles e gols. No time do Cruzeiro, Robinho costuma jogar pelos lados do campo, tanto atrás quanto à frente da linha que divide o gramado, mas sem subir tanto ao ataque. Ao contrário do xará, que atua mais aberto pelas pontas sempre em direção ao gol. Por isso, nada de comparações, como conta o jogador do Cruzeiro em entrevista ao UOL Esporte.

“Já houve algumas comparações, mas logo eu já fiz questão de cortar. Eu não tenho nada a ver com o estilo de jogo do Robinho. Sou um jogador mais de toque de bola e o Robinho é de drible, ir para cima. Eu faço a função de meio-campo e ele mais de ataque”, contou o meia.

Porém, além do nome, ambos ainda apresentam algumas semelhanças em comum. A história construída no Santos é uma delas. Lá, o rei das pedaladas ficou conhecido internacionalmente, atuou por quatro temporadas e venceu nada menos que dois brasileiros, dois paulistas e uma Copa do Brasil. Mas o xará também não deixou para menos e ergueu nada menos que uma Taça Libertadores, além da Copa do Brasil.

“Minha passagem pelo Santos (2008 a 2011) foi tranquila e muito feliz. No começo eu já procurei trocar o nome, não queria criar este tipo de expectativa na torcida, porque o Robinho é um grande jogador. Mas tenho muito carinho pelo Santos por ter me aberto as portas e me dar projeção nacional”, completou.

Hoje, a dupla atravessa bons momentos em suas equipes de Belo Horizonte. O Robinho do Galo foi artilheiro do Mineiro, mas só convenceu mesmo depois de ganhar regularidade no Brasileirão, sendo hoje um dos destaques do time. O do Cruzeiro está no clube há pouco mais de quatro meses, mas convenceu desde o início e se tornou titular sempre que esteve à disposição.

Vale lembrar ainda que este será o primeiro clássico que ambos estarão frente a frente. O jogador alvinegro já teve duas oportunidades de enfrentar o rival, mas não saiu vencedor em nenhuma (o Galo perdeu por 1 a 0 no Mineiro e 3 a 2 no Brasileiro). Já o meia celeste esteve perto de estrear no clássico do primeiro turno, mas ficou de fora por causa de um edema na coxa direita.