Rafael Moura cansou de ficar sozinho no ataque do Inter e quer ajuda
O centroavante Rafael Moura chegou, ao passar em branco contra o São Paulo, aos quatro jogos sem balançar as redes. A seca veio acompanhada de vaias no estádio Beira-Rio e foram o prelúdio de um pequeno desabafo do camisa 11. Isolado no ataque do time de Abel Braga, o jogador pediu maior presença dos colegas dentro da área. A solidão tem incomodado.
“Eu errei um lance, mas o torcedor já vem para o estádio querendo cobrar. Sou cobrado desde o primeiro minuto de Inter. Tenho confiança dos companheiros, sei do que sou capaz. Peço paciência ao torcedor, a minha característica é essa. O que o Kardec fez diferente de mim? Mas jogar ali, sozinho o tempo todo, só eu na área contra três zagueiros fica complicado concluir mesmo”, afirmou He-Man ao ser questionado sobre os apupos da torcida.
Na etapa final, quando boa parte do estádio perdeu a paciência e vaiou por mais de uma vez, o centroavante chegou a marcar. Mas o lance foi anulado por impedimento, gerando revolta em Abel Braga. O técnico protestou com a arbitragem, mas segundos depois foi até um cinegrafista e pediu o relato do lance. Ao ouvir que Rafael Moura realmente estava adiantado parou. A torcida não.
Homem de confiança de Abel, com quem trabalhou no Fluminense, o centroavante já passou por outros momentos difíceis no Inter. Meses sem jogar, crise de labirintite e dores crônicas nos tornozelos. Cirurgia para retirada de fragmentos de ossos e início de temporada sem poder chutar. Um atacante com o paradoxo máximo. Mas em 2014 a maré parecia ter virado.
Dono de 15 gols em 27 jogos, Rafael Moura é o artilheiro do Internacional na temporada. E com vaga garantida no time titular mesmo em jejum, o centroavante implora por companhia na área.
“Vamos conversar internamente e ver como melhorar. Com a entrada do Wellington tivemos mais opções. Mas durante a semana vamos conversar, pois quem entrar em campo precisa entrar na área para me ajudar”, disse.
O último gol marcado pelo camisa 11 do Colorado foi diante do Santos, no dia 03 de agosto. Desde então são 457 minutos sem uma bola na rede. A solidão tem atrapalhado.
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