Jogadores do Grêmio frustram torcida e se negam a "bater" em Ronaldinho Gaúcho
Durante os treinamentos da semana, não foram gritos de apoio que vieram dos torcedores do Grêmio, mas sim pedidos de violência contra Ronaldinho Gaúcho. Chegadas fortes, porradas e até situações mais graves como pedidos para lesionar o meia do Flamengo foram ouvidos pelos jogadores. Porém, o elenco garantiu profissionalismo, ignorou o anseio dos aficionados e se negou a transformar o campo do Olímpico num ringue, tatame ou octógono.
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Douglas, Julio Cesar, Saimon, todos foram perguntados sobre o reencontro com o jogador. As manifestações foram semelhantes, nenhuma mais forte. Todos garantiram que o duelo é contra o Flamengo, não somente contra Ronaldinho Gaúcho.
"Independente de ser ele ou qualquer outro jogador, vou dividir para ganhar a bola. Não vou mudar nada por ser o Ronaldinho. O empenho será o mesmo de todos os jogos. A presença dele não muda nada", explicou Saimon.
"Tem que chegar nele. É assim que se entra para a história do clube", disse um torcedor. "Não basta só ganhar, tem que tirar ele do jogo. Rompe os ligamentos dele", bradou outro. "É assim, pega aquele pilantra amanhã", disparou um terceiro.
"O torcedor está magoado, tem todo o direito de pedir isso, falar. É óbvio que não vou chegar no jogo e dar uma porrada, ou um soco nele. Deixamos a emoção de lado, vamos procurar fazer o melhor para o Grêmio. Nunca tinha acontecido isso, do torcedor pedir a violência", comentou Douglas.
Ao contrário do dito por Douglas, as manifestações esperadas dos aficionados, todas, tem cunho pacífico. Faixas, gritos, músicas, dizeres, em nenhum momento os gremistas cogitam atirar algo no campo para prejudicar o clube com possível punição, ou ainda partir para agressão física a Ronaldinho.
"A torcida tem todo direito de protestar desde que seja de uma forma tranquila e sem agressão. Essa parte é do torcedor. Vamos fazer o possível para ser um jogo normal e disputado, como sempre é", acrescentou Douglas.
Na chegada do Flamengo a Porto Alegre, por exemplo, nada de anormal aconteceu por parte dos torcedores. Ninguém acompanhou o desembarque seja para apoiar o Fla ou protestar contra R10. A polícia, por sua vez, protagonizou cenas que lembraram filmes policiais, porém, sem inimigos.
"Não podemos cuidar só do Ronaldinho. Temos que esquecer isso. Vamos respeitar, mas aqui dentro quem tem que mandar é o Grêmio", finalizou Saimon.
Grêmio e Flamengo se enfrentam no domingo, às 16h (horário de Brasília), em Porto Alegre. O jogo da 32ª rodada vale muito para os cariocas, que brigam por vaga na Libertadores e ainda sonham com título. Já no Olímpico, a única meta é superar o desafeto do clube.
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