Um ano após chocar EUA por gesto em hino, quarterback vive no ostracismo
Colin Kaepernick está mais para agenda política do que notícia no meio esportivo. Um ano depois de seus protestos durante o hino nacional dos Estados Unidos, o quarterback vive no ostracismo da NFL. Está sem time e tem futuro incerto nos campos. Paralelamente a isso, seus gestos de 2016 ainda repercutem e ganham novos adeptos.
Em um ano, a polarização sobre suas atitudes continuou firme e forte. Ele ganhou apoio daqueles que concordam que há opressão racial e desigualdade, ao mesmo tempo em que se tornou alvo de críticas por quem não vê a situação como ele. A questão é como isso pode, ou não, ter afetado sua carreira no futebol americano.
Os defensores de Kaepernick argumentam que sua forte posição ideológica afugenta os times da NFL, seja por receio da grande e incerta repercussão que sua chegada causaria, seja porque os proprietários discordam das bandeiras defendidas pelo jogador.
Por outro lado, uma corrente numerosa de jornalistas e torcedores aponta o desemprego de Kaepernick como algo técnico: ele não é tão talentoso a ponto de ser imprescindível nos elencos e é muito caro e polêmico para ser um quarterback reserva.
No meio dessa queda de braço, Kaepernick viu poucas opções surgirem no mercado para a próxima temporada e nenhuma vingar. Miami Dolphins, Baltimore Ravens e Seattle Seahawks cogitaram sua contratação, mas não avançaram.
Aos 29 anos e com seis temporadas de experiência no San Francisco 49ers, time que ele ajudou a conduzir ao Super Bowl disputado em fevereiro de 2013, Kaepernick segue em busca de uma equipe desde que deixou o time da Califórnia.
A decisão de sentar e, mais tarde, ajoelhar-se durante o hino nacional ganhou repercussão mundial, atraiu adeptos e opositores e deu visibilidade a uma discussão cada vez maior nos Estados Unidos. Coincidentemente ou não, no entanto, Kaepernick ficou mais longe dos campos de futebol americano. E poucos apostam que esse ostracismo terá um fim em breve.
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