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Rogge: Vancouver será modelo para os Jogos futuros; Brasil tem 'observadores'

Das agências internacionais

Em São Paulo

10/02/2010 07h33

O belga Jacques Rogge, atual presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), afirmou nesta quarta-feira, durante cerimônia da entidade, que os Jogos de Inverno de Vancouver de 2010, que começam na sexta-feira, servirão como modelo para as futuras sedes olímpicas, que incluem o Rio de Janeiro, na edição de Verão de 2016.

Com apenas dois dias para o começo da competição, Rogge elogiou o comitê organizador dos Jogos de Vancouver por sua política com o meio ambiente e pelo plano de uso a longo prazo das instalações que serão palco das modalidades na cidade canadense.

A organização vira exemplo para o Brasil, que terá dirigentes observando de perto tudo o que for feito, tendo na mira 2016. Segundo o Blog do Erich Beting, são 39 pessoas na delegação brasileira – só cinco são atletas, não contados neste número – sendo 18 profissionais que trabalham no Rio 2016 e outros 21 representantes de município, estado e governo federal.

Para Jacques Rogge, estes fatores apresentados pelos canadenses são importantes num momento de sofrimento na economia. “A organização dos Jogos é sempre uma tarefa complexa e difícil. O comitê organizador esteve à altura para se comprometer a cumprir a visão original projetada”, afirmou ele, em um discurso.

“Tudo o que se fez para a preparação destes Jogos foi levado a cabo pensando nos atletas, no meio ambiente e na gerência. Eles conseguiram estabelecer novos patamares para a sustentabilidade ambiental e uma planificação para que se deixe um legado”, adicionou. “As lições aprendidas sugerem um modelo para os futuros Jogos.”

Rogge mais uma vez mostrou apoio à tragédia humana ocorrida no Haiti, que teve milhares de mortos devido a um terremoto no início do ano. “Não vamos desistir. O movimento olímpico apoia a reconstrução total das infraestruturas esportivas no Haiti”, disse ele, que ainda lembrou do incidente em Angola, quando um ataque ao ônibus da seleção de Togo deixou mortos.

Uma tecla sempre batida pelo dirigente belga é a do doping e da tentativa de fazer uma edição dos Jogos livre dos trapaceiros. “Os atletas sabem que não há atalhos no caminho para o pódio. Faremos tudo que for possível para garantir que a competição seja justa e livre do doping”, concluiu. Cerca de 2 mil testes serão feitos durante a competição, entre amostras de sangue e urina.