Abel Ferreira é o sucessor natural de Tite na seleção

O bom momento vivido no Grêmio, especialmente no longínquo 2017, colocou Renato Gaúcho (ainda que eu nunca tenha concordado com isso) como sucessor natural de Tite para o pós-Copa do Mundo.

Aí, Renato Gaúcho (aquele mesmo fanfarrão que minimizava o feito de Jorge Jesus no Flamengo, creditando o sucesso do português à fartura financeira e à qualidade do elenco) fracassou no Flamengo com os mesmos ótimos e caros jogadores e, de sucessor natural de Tite, não virou nem sequer opção levada em consideração nos principais times da Série A.

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Com a falta de bons técnicos no mercado, Cuca, com trabalhos bons alternados em diferentes clubes, momentos e estados do país, virou o "melhor técnico brasileiro" para pegar o bastão de Tite no pós-Qatar. Isso, claro, após o sucesso do Galo em 2021. Agora, com o seu retorno e o mau futebol do Galo (a pipocada contra dois jogadores a mais no Allianz somada as declarações do técnico que teria sido mais fácil se fosse 11 contra 11), o nome de Cuca foi sepultado até mesmo pela numerosa parcela que não ligava sobre sua condenação pretérita em caso de estupro em grupo de uma menor de idade na Suíça.

Até o final do ano, muita coisa pode rolar e, à vera, ninguém tem a menor ideia de quem mandará na CBF até lá e, pois, o que essa pessoa vai querer e pensar… Mas, como em se tratando de CBF, é comum optar por um nome que agrade à opinião pública e, ao mesmo tempo, não traga para CBF críticas e alguém que funcione mais como escudo do que como vidraça, o nome de Abel Ferreira é, hoje, a opção natural.

Aconteça o que acontecer na temporada com o líder e favorito ao título brasileiro e semifinalista candidato real ao tri da América, o que Abel Ferreira já fez e conquistou no Brasil o coloca como o melhor nome disponível.

É claro que sempre terá um xenófobo de plantão para apontar o dedo. Mas, para o futebol, como treinador, Abel Ferreira é muito mais brasileiro do que português. O que ele fez no Palmeiras é muito mais importante e relevante do que seu histórico no Braga (Portugal) e PAOK (Grécia).

O convite por parte da CBF a Abel é quase uma obrigação. Agora, se o português vai aceitar ou não, é problema dele. Seja no Palmeiras, onde já é o maior técnico da Europa, seja em Portugal, não faltarão convites para o treinador. Agora, por mais competente que ele já tenha demonstrado ser, a adoração e a unanimidade inéditas que ele conquistou com a coletividade alviverde são quase irreproduzíveis em outro ambiente.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!