Na despedida de Luiz Henrique, Manoel rouba a cena no dominante Fluminense

Com boa atuação individual e vitória, Luiz Henrique se despediu do Fluminense neste domingo. Ele foi vendido ao Betis e fará falta ao time. Todas as atenções estavam voltadas para ele, mas quem decidiu o clássico contra o Botafogo foi o zagueiro Manoel. O defensor é um dos muitos jogadores tricolores que subiram de produção com a chegada de Diniz. Foi seguro na defesa e fez um gol de centroavante habilidoso

Fernando Diniz repetiu a equipe pelo terceiro jogo consecutivo. Caio Paulista ganhou a posição na lateral. Já Luís Castro teve diversos desfalques. Patrick de Paula, Kayque e Piazon estavam suspensos. Tchê Tchê, Del Piage e Chay entraram. Como se não bastasse, Erison sentiu lesão no aquecimento e começou no banco, teve que ser substituído por Matheus Nascimento.

O Botafogo fez um ótimo trabalho de marcação no 1º tempo. Era a base da sua estratégia. Marcar forte para anular o trabalho de passes do Fluminense e reagir em rápidos contra-ataques. Acionar os três homens mais avançados de forma direta também era uma opção. E o time executou bem a proposta. Terminou a etapa inicial com apenas 16% de posse de bola, mas uma finalização a mais que o rival.

Faltou um pouco mais de pontaria e contundência nas poucas vezes em que se aproximou da área tricolor. Vinícius Lopes e Matheus Nascimento tiveram boas oportunidades. Em contrapartida, deu poucos espaços entre os setores, protegeu bem a área. Cortou assistências, cruzamentos e bloqueou arremates. O problema é que acertou poucos contragolpes a partir dos 25 minutos, e aí passou sufoco.

O Fluminense repetia sua proposta de aglutinar jogadores no setor da bola. Fez isso pelo lado direito a maior parte das vezes, e conseguiu bons momentos com Nonato e Luiz Henrique. Arias foi o responsável pela melhor finalização do Tricolor no 1º tempo. A bola triscou a trave aos 43'. O time de Fernando Diniz apresentava uma boa transição defensiva, se mexia com intensidade, mas insistia pelo lado direito.

Faltou variar um pouco mais o raio de ação das jogadas, algo que aconteceria no 2º tempo. Cano, artilheiro da equipe, parecia num dia pouco inspirado nas finalizações. Perdeu boa chance aos 9' do 2º tempo, após boa jogada de Arias. O colombiano era o jogador mais criativo e agudo do Fluminense. Ganso e Nonato se descatavam no meio-campo. Del Piage, Carli, Chay e Saravia eram precisos na marcação do Glorioso.

Por mais que não permitisse tanta criatividade aos visitantes, os anfitriões não conseguiam ser agressivos ao recuperar a bola. Parte pelas boas transições defensivas do Fluminense, mas muito pela pouca eficiência na puxada de contra-ataque. Não fazia desarmes numa região média do campo, ficava encurralado na defesa e acabou punido de forma justa.

Caio Paulista recebeu de André em rebote de escanteio pela esquerda e cruzou rasteiro. Manoel ganhou de Carli e Cuesta, driblou Gatito e Saravia, e bateu de canhota para marcar um golaço aos 36'. A grande atuação do zagueiro foi coroada ainda mais no lance seguinte. Bloqueou uma finalização muito perigosa de Vinícius Lopes dentro da área.

Foi a terceira vitória seguida do Fluminense, a oitava do time em 15 jogos com Fernando Diniz. Novamente a equipe colocou em prática a sua proposta e foi superior ao rival. Terminará a rodada na sexta posição e mostra um desempenho bem acima desta colocação no campeonato.