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Baptistão ganha sequência e sobe o nível de atuações no Santos
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Fabian Bustos vem encontrando a formação e o modelo ideais no Peixe, e uma das peças que se mostra ''chave'' neste processo é o atacante Léo Baptistão. O nome e o porte físico induzem a interpretá-lo como um tipo de jogador bem diferente daquilo que realmente é. O santista de 29 anos não exatamente um ''homem de área''. Hoje joga onde pode render mais.
No início da carreira, com a camisa do Rayo Vallecano, Léo Baptistão teve sequência como um centroavante de fato e isso fez com que chamasse a atenção do Atletico de Madrid em 2013, mas logo depois já passou a ser aproveitado como um atacante de maior mobilidade, seja ao lado de um companheiro mais fixo no centro do ataque, ou partindo de um dos lados, de preferência o flanco direito.
Léo começou na base da Portuguesa, mas deixou o clube com apenas 16 anos rumo ao futebol espanhol. Além do Rayo e do Atleti, defendeu as cores do San Fernando de Henares, Real Betis, Villareal e Espanyol. Durante sete temporadas foi um jogador de ótima frequência como titular em La Liga. Fez mais de 40 gols na 1ª divisão espanhola e integrou o elenco campeão da temporada 2013/2014 pelo Atletico de Madrid.
Vendido ao futebol chinês por quase seis milhões de euros em janeiro de 2019, passou duas temporadas no Wuhan Zall e chegou ao Santos em agosto do ano passado. Em virtude de a China ter sido o epicentro da Covid-19, jogou pouco e perdeu ritmo entre 2020 e 2021. Acabou tendo muitas dificuldades de adaptação ao chegar ao Peixe. Passou por problemas físicos e a primeira impressão deixada não foi boa.
Além disso foi escalado sempre como um homem de referência por Fabio Carille em uma equipe com funcionamento ofensivo limitado. Não marcou gols e nem deu assistências. Em 2022 a história é diferente. São 17 jogos, oito como titular, quatro gols marcados e duas assistências.
Quase um mês depois da chegada do técnico argentino começou a ganhar mais minutos em campo. Inicialmente como um ''segundo atacante'' ao lado de Marcos Leonardo, com mais liberdade de circulação pela intermediária. E mais recentemente como um ''falso ponta'' pela direita.
Parte deste lado, mas ocupa as costas dos volantes rivais, o ''meio-espaço'', entre o zagueiro e o lateral oponente. Contribui para gerar volume ofensivo a partir da sua movimentação e capacidade de carimbar a bola, auxiliar na construção dos ataques, dar agressividade nos metros finais do campo também. Bustos vem utilizando bem essas características.
Com o possível retorno de Ângelo ao lado direito do ataque depois do trabalho de aprimoramento físico que vem fazendo, é provável que Baptistão volte ao centro do campo de forma mais estabelecida, atuando ao lado ou por trás de Marcos Leonardo, outra função que já fez ao longo da carreira e mostra-se mais eficiente que Ricardo Goulart neste momento.
É preciso ir além das aparências também no futebol. Muita gente que não acompanhou ou buscou estudar Léo Baptistão o considerou um centroavante pelo simples fato de ser um atacante de 1,85. Mas ele nunca foi exatamente isso, e vem mostrando da melhor forma possível seus atributos no Peixe em 2022.
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