Coutinho: Tudo sobre a 22ª rodada do Brasileirão e o Ranking de Desempenho

Em uma rodada esvaziada pelos jogos decisivos por Libertadores e Sul-Americana neste meio de semana, melhor para o Fortaleza, que voltou a vencer e ultrapassou o Flamengo na classificação. De quebra, mesmo sem jogar tão bem, manteve a ponta do Ranking de Desempenho. O Galo, com um jogo a menos, está na cola. Corinthians, Internacional e Athlético foram outros clubes que deram um salto de qualidade nesta jornada.

O Ranking de Desempenho tem como finalidade avaliar o rendimento das equipes. Oferecer ao torcedor uma maneira mais fidedigna de entender se o seu time está evoluindo, estagnado ou regredindo. Independentemente do resultado —que pode ocorrer por muitas variantes no futebol— a proposta é dar de 0 a 5 estrelas de acordo com o que cada equipe fez em campo. As estrelas são somadas a cada rodada e formam o cenário acima.

Partida muito movimentada e equilibrada na 1ª etapa. O Ceará foi agressivo, apesar de demonstrar algumas dificuldades para circular a bola de forma organizada no campo de ataque. A Chape saía com ligações diretas, mas rodava bem ao ganhar a ''segunda bola'' e levou perigo. Um pênalti duvidoso para o Vozão no início do 2º tempo começou a definir as coisas. Jael marcou e o time da casa se sentiu mais confortável da forma que gosta de atuar. Explorou contra-ataques, conseguiu a expulsão de Jordan, e foi perigoso no fim.

O nível da rodada cresceu no Derby disputado em Itaquera. O Corinthians foi mais regular e superior ao Palmeiras ao longo do jogo, mas o Verdão também teve os seus momentos de destaque. Roger Guedes foi grande nome da partida. As duas equipes começaram bem agressivas com a bola e sem ela, mas o Timão saiu na frente e se retraiu para buscar os contra-ataques. Os visitantes empataram ainda no 1º tempo e a 2ª etapa foi aberta. Os anfitriões começaram melhores, mas conseguiram o gol da vitória num momento mais adverso.

Já na última partida da noite de sábado, o padrão de qualidade caiu. São Paulo e Atlético fizeram um duelo amarrado em grande parte dos 90 minutos. Com exceção do último terço do jogo, o que prevaleceu foi a marcação. Os dois times marcam sob o sistema de encaixes e perseguições, e executaram este modelo com muita intensidade. O Galo foi um pouco mais produtivo com a bola na 1ª etapa. O São Paulo iniciou bem o 2º tempo, mas o Atlético retomou as rédeas após as mexidas feitas por Cuca, e Tiago Volpi salvou no fim.

Quase tudo o que aconteceu em campo durante América e Flamengo na ensolarada manhã de domingo, em Belo Horizonte, está longe do que vem ocorrendo nos principais gramados do mundo. Óbvio que o horário do jogo e as muitas ausências no time rubro-negro influenciaram nisso, mas os dois times oscilaram demais em concentração e intensidade, compondo um jogo de muitos espaços, erros técnicos, tomadas de decisão equivocadas. O rubro-negro, mesmo finalizando menos, teve as chances mais reais. O Coelho lutou e empatou no fim.

Vitória incontestável do Inter, que foi superior o tempo inteiro, mesmo repetindo algumas dificuldades para produzir chances diante de uma defesa fechada. A imposição colorada foi o ponto alto do jogo. A equipe foi agressiva até abrir o placar, e depois administrou o ritmo da partida. Levou alguns sustos e ampliou já na reta final dos 90 minutos. O Bahia mostrou-se competitivo. Quase empatou em cabeçada de Gilberto no 2º tempo, mas ficou nítida a diferença técnica entre os times.

Jogo quase que inteiramente controlado pelo Fluminense no Maracanã. Com exceção da primeira metade do 2º tempo, quando o Bragantino neutralizou os contra-ataques do Tricolor e criou três boas jogadas, marcando inclusive um gol. No restante do jogo o time da casa marcou bem e explorou os espaços disponíveis com inteligência. Luiz Henrique e Fred foram os mais perigosos. Os visitantes entraram em campo com o time reserva e tiveram muitos problemas com a transição defensiva.

Tarde de extrema precisão do Juventude! O Santos dominou inteiramente o 1º tempo, criou algumas chances, mas não balançou as redes, algo que o time da casa foi feliz em fazer, mesmo criando pouco. O Peixe começou marcando muito bem e se impondo com a bola no campo de ataque. Aos poucos foi perdendo o ímpeto e sofreu demais na bola parada aérea defensiva. Desta forma o Juventude marcou duas vezes. Guilherme Castilho se destacou nas cobranças e ainda fez um gol. O alvinegro sentiu demais quando ficou atrás no placar.

Atuação contundente e vitória expressiva do Athlético diante do Grêmio em Curitiba. O Furacão foi superior o tempo inteiro e não deu chances para o Tricolor ao longo dos 90 minutos. Se não tivesse tido lapsos de concentração quando abriu frente no placar, poderia ter construído um resultado ainda mais elástico, mesmo sem alguns jogadores titulares. O time gaúcho não conseguiu repetir a solidez defensiva da rodada passada. Errou demais na retaguarda e não foi envolvente com a bola. Sobrou organização ao rubro-negro.

Sport e Fortaleza fazem campanhas totalmente diferentes no Brasileirão, mas isso não apareceu tanto nos 90 minutos em que se enfrentaram na Arena Pernambuco. O Leão do Pici começou melhor. Dominou a primeira metade da etapa inicial e levou perigo, mas o time da casa respondeu a altura e, quando parecia próximo do seu gol, levou um, em falha incrível da zaga após escanteio. O Leão da Ilha sentiu muito o episódio. Mesmo tendo mais a bola no 2º tempo, não conseguiu ser efetivo. Muito exposto no fim, quase sofreu mais um.

Resultado injusto no encerramento da rodada em Goiânia. Com exceção dos dez primeiros minutos, o Atlético foi superior ao Cuiabá. Pressionou bastante no 1º tempo, teve uma queda de produção na 2ª etapa, mas seguiu superior e novamente expôs o seu maior defeito. A imensa dificuldade de ser contundente no ataque. Quando cria as oportunidades, as desperdiça. Completou o oitavo jogo sem vencer em casa. O Dourado protegeu bem a área, mas mais uma vez consegue um resultado acima do que rendeu em campo.

Seleção do Campeonato

Cada jogador que entra em campo recebe uma nota de 0 a 10 por sua atuação. A nota de partida é sempre 5 e ele vai ganhando ou perdendo pontos de acordo com o que faz em campo. A média das notas define o melhor de cada posição/função. Para fazer parte do time ao final do Brasileirão, é necessário ter participado de ao menos 40% dos jogos. Em função disso, Gabigol ainda não consegue integrar o selecionado.

Tinga retomou o posto que havia perdido para Junior Alonso na última rodada. Foi superior ao zagueiro paraguaio nesta rodada. Recebeu uma nota 6 contra o Sport. Já Alonso ganhou um 5,5 no empate diante do São Paulo. Os dois têm a mesma média, mas como o defensor do Fortaleza fez mais jogos na competição, ganha no critério de desempate. Hulk segue como o melhor do Brasileirão 2021.