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Felipão deixa Atlético por desgaste ampliado sem Rodrigo Caetano

O Atlético anunciou a saída de Luiz Felipe Scolari.

O técnico de 75 anos terminou o segundo turno do Brasileirão na primeira colocação, com três pontos a mais do que o Palmeiras, campeão.

Fez o total de 41 partidas pelo Galo, classificou o clube à fase de grupos da Libertadores e à decisão do Campeonato Mineiro.

Mesmo assim, a justificativa é de que o desempenho não é bom. Em dez partidas neste ano, ganhou cinco, empatou duas e perdeu três.

Não ganhou do Cruzeiro, pecado para a torcida.

Mas o problema central é o desgaste, ampliado depois da saída de Rodrigo Caetano para seleção brasileira.

Felipão sempre precisou de um conselheiro próximo, calmo e que lhe transmitisse a sensação de respaldo.

No Galo, depois da saída de Rodrigo Caetano, ficou sozinho. Absolutamente só.

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Não sentiu isso no Atlético, pela ausência dos proprietários da SAF, Rubens e Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães, no dia a dia de treinamentos. Nunca falou sobre isto, mas a percepção é de que faltava a transmissão para a torcida e para o vestiário de que o treinador seria ele até o final do ano. Em vez disso, Felipão passou a ter de se relacionar diretamente com torcida e com a pressão do vestiário.

Era como se Felipão precisasse suportar toda a pressão apenas com sua casca e experiência.

Grandes momentos da carreira de Felipão estiveram ligados a bons conselheiros, que lhe transmitiam segurança e tranquilidade. Casos de Fábio Koff, no Grêmio, e Paulo Angioni, no Palmeiras. Foi diferente a passagem pelo Atlético.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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