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Corinthians, o Faz-me Chorar, só empata com o Cuiabá
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O Corinthians é mesmo um caso sério.
Recebeu o Cuiabá e perdeu Renato Augusto, antes do 20° minuto, com dor na panturrilha, lesão típica de fadiga de materiais.
Adson o substituiu e somou-se a Murillo, Maycon, Pedro e Biro, para formar um quarteto de pratas da casa diante de 40 mil torcedores.
O Cuiabá jogou confortavelmente todo o primeiro tempo em Itaquera porque não se assusta em jogar fora da casa, acostumado a jogar contra torcidas maiores mesmo no Mato Grosso.
Cássio fez uma defesa difícil, Biro quase fez um belo gol, e foi tudo que aconteceu nos 45 minutos iniciais.
Para os derradeiros, Fagner veio no lugar de Bruno Méndez, e o Alvinegro pareceu mais disposto a ganhar os três pontos num jogo de seis, do campeonato que o Corinthians disputa.
Mas, aos dez minutos, Fagner chegou tarde para evitar o cruzamento de Rikelme e Murillo perdeu pelo alto para o ex-palmeirense Deyverson que fez 1 a 0.
Depois, ao sair de campo substituído, o artilheiro foi atingido por um cortador de unhas.
Com o gol, tocou o pavor.
Perder era praticamente terminar a décima rodada de volta à zona do rebaixamento.
Segundo melhor visitante do Brasileirão, o Cuiabá conseguia sua quarta vitória fora de casa, depois de ganhar do América, Cruzeiro e Goiás, todos jogos de seis pontos.
Então, Yuri Alberto entrou no lugar de Pedro.
Entrou e logo deu uma furada para errar passe em seguida.
Tudo dá errado no Corinthians, parece praga direcionada ao bando que o dirige.
Os veteranos Paulinho e Renato Augusto vivem no estaleiro, como era de se prever.
Giuliano é um fiasco, Romero é apenas um golpe, Fausto Vera que fazia gols na Argentina não acerta um chute, Maycon desaprendeu e o desfile de técnicos só pode dar no que está dando, única garantia, aliás, para manter o emprego do ex-treinador em atividade, Vanderlei Luxemburgo.
O português António Oliveira, 40 anos, comandante cuiabense, dava uma aula, ao menos, de organização no gramado, mas recuou demais seu time para garantir a expressiva vitória.
Aos 27, Ruan Oliveira e Wesley entraram nos lugares de Biro, que era o melhor em campo, e de Fausto Vera.
Como o que está ruim sempre pode piorar, Yuri Alberto pôde empatar, mas o goleiro Walter, ex-Timão, evitou.
Logo depois, Wesley cruzou, Yuri aparou e Ruan empatou: 1 a 1. Do banco, para o banco, para alegria de Luxemburgo e como prêmio para o jogador, três anos e três cirurgias de joelhos depois de ausência dos gramados.
Para os anfitriões o resultado não era o esperado, mas melhor que a derrota.
Para o Cuiabá estava de bom tamanho.
Luxemburgo dirá que o time está numa crexente, mas quem viu sabe que segue indecente.
Neste domingo o corintiano terá de torcer para o Goiás não vencer o Fluminense, na Serrinha, às 18h30, e para o America não ganhar do Athletico Paranaense, às 11h, no Horto.
Você se lembra do tempo em que o Corinthians era chamado de Timão?
Pois saiba que anos 1960, de tão ruim, o Corinthians ganhou o apelido de Faz-me Rir, música que fazia sucesso à época, na voz de Edith Veiga.
60 anos depois, é o Faz-me Chorar.
De tristeza, de indignação, de raiva.
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