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Projeto atende mais de cem crianças e adolescentes órfãos da pandemia no AM

Ação "Eu amo meu próximo" dá assistência a 148 crianças e adolescentes de Manaus, no Amazonas - Divulgação / "Eu amo o meu próximo"
Ação "Eu amo meu próximo" dá assistência a 148 crianças e adolescentes de Manaus, no Amazonas Imagem: Divulgação / 'Eu amo o meu próximo'

Débora Corrêa

Colaboração para o Ecoa, em Manaus

21/05/2021 06h00

A pandemia de covid-19 tem deixado sequelas na sociedade que vão além das provocadas pelo coronavírus no organismo de quem sobrevive. Depois que o vírus for vencido, ficará para trás uma geração de órfãos. Essa já é a realidade das 148 crianças e adolescentes atendidas pelo projeto emergencial "Eu amo meu próximo" na cidade de Manaus, no Amazonas, que perderam seus pais para a doença.

O projeto surgiu na segunda onda da pandemia e está vinculado ao Instituto de Pesquisa e Ensino para o Desenvolvimento Sustentável (Ipeds). Foi idealizado pela diretora do instituto, Glauce Galúcio, e contou com a ajuda de acadêmicos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade Paulista (Unip), que são voluntários do Ipeds.

O objetivo da ação é "garantir a sobrevivência dessas crianças", afirma Glauce. A educadora participa de projetos sociais há mais de vinte anos e sempre escolheu ajudar crianças e adolescentes. "Começamos com quatro crianças e as pessoas ajudaram com leite, fraldas, roupas usadas, e esses pedidos começaram a crescer. Isso me motivou a não ficar só nas orações, mas partir para a ação também", relata a idealizadora.

Projeto ajuda órfãos da pandemia - Divulgação / 'Eu amo meu próximo' - Divulgação / 'Eu amo meu próximo'
Madrinha do projeto doou um bolo para comemorar 1 ano de uma criança que perdeu os pais
Imagem: Divulgação / 'Eu amo meu próximo'

Os voluntários do projeto organizam cestas básicas compostas por produtos descartáveis, de higiene pessoal, leite, entre outros, e proteínas como frango, carne e peixe. Depois fazem as entregas nas casas dos beneficiados. "Está sendo uma assistência às famílias das crianças que perderam seus provedores, pais ou mães ou ambos. Essas pessoas se encontram em extrema vulnerabilidade social. Passam até fome", ressalta Glauce.

Os beneficiados chegam até o projeto por meio do contato feito por instituições como Instituto da Mulher, Maternidade Ana Braga, conselheiros tutelares e assistentes sociais dos hospitais. As crianças perderam seus pais, mas não estão em abrigos ou orfanatos para adoção, se encontram com seus familiares e todos os meses recebem uma cesta básica da ação.

O processo para ser atendido é feito por meio de um cadastramento das famílias junto ao serviço social do Ipeds que, em parceria com o Conselho Tutelar, visita a residência onde a criança ou adolescente órfão mora. Além dos voluntários do instituto Ipeds, o projeto recebe ajuda de outros profissionais, como educadores e assistentes sociais.

Para ajudar o "Eu amo meu próximo"
Instituto Ipeds: Avenida Djalma Batista, Nº 4836 - Tel: (92) 99248-0221
Doações pelo Pix - CNPJ: 41.640.946/0001-08 Instituto Ipeds