Grupo de 70 profissionais dá atendimento remoto a pacientes de covid-19
Suziane Pereira tem 31 anos e foi personagem de uma das histórias tristes que se passaram no Amazonas quando o sistema de saúde entrou em colapso e pacientes de covid-19 ficaram sem atendimento e até sem oxigênio. A sua avó, de 80 anos, contraiu o coronavírus em janeiro e, diante da falta de atendimento médico, a família teve que fazer um esforço para conseguir tratá-la em casa, arcando com os custos de profissionais, remédios e oxigênio.
Felizmente a avó de Suziane se recuperou e ela, que vive em Fortaleza, no Ceará, se sentiu na obrigação de ajudar outras pessoas dos estados do Amazonas e do Acre que viessem a passar pelo mesmo apuro que sua família passou.
Com a ajuda da amiga Laura Kovalsk, fisioterapeuta moradora de Manaus, ela, que é bacharel em Direito, começou a organizar um atendimento remoto a pacientes de covid-19 desassistidos. "Começamos a orientar, por telefone, acompanhantes dos pacientes, a posicioná-los de peito pra baixo para ajudar os pulmões na oxigenação do sangue, também procuramos por oxigênio a partir da rede que tínhamos", conta ela. "Foi desesperador ver as pessoas morrendo em casa e pudemos dar sobrevida para essas pessoas."
Com a demanda por atendimento subindo Suziane ampliou seus horizontes com ajuda de outra amiga, Fabiana Nogueira, moradora de Juiz de Fora (MG) e criou o Projeto Lizla, definido por ela como um programa de escuta e orientação emergencial. O Lizla conta hoje com a ajuda de mais de 70 voluntários do Brasil e do mundo, entre psicólogos, enfermeiras e técnicas, profissionais das áreas da nutrição, fisioterapia, serviço social, orientação jurídica, entre outros.
Com mais de 90 dias de atuação, esses profissionais voluntários já ajudaram mais de 300 famílias e hoje há uma lista de espera de mais de 200 pessoas. O atendimento é direcionado para pacientes de baixa renda e em vulnerabilidade social que testaram positivo para covid-19, ou que ainda são casos suspeitos da doença, pacientes que já tiveram covid, atendimento de luto para quem perdeu alguém para a doença para tratar depressão, ansiedade, pânico, e violência psicológicas.
Suziane diz que o sentimento que embala o projeto é a empatia. "Exercitamos a empatia continuamente em cada atendimento e nos colocamos no lugar de cada paciente por meio da escuta ativa."
Para ajudar o projeto entre em contato pelos seguintes canais:
email: suzi@projetolizla.online
Direct para o instagram do Projeto Lizla
Doações pode, ser feitas por:
Pix: projeto.lizla@gmail.com
Banco do Brasil, em nome de Suziane Pereira Marques de Lima.
Para se inscrever como voluntário ou como paciente é preciso preencher o formulário que está disponível na bio do Instagram
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