Nada de guincho: por que alguns carros elétricos não podem ser rebocados

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Ainda são poucos os carros elétricos nas ruas brasileiras, assim como os pontos de carregamento. O medo de ficar parado sem bateria é normal, até pelo fato de se tratar de uma novidade. Mas aí vem a dúvida: o que fazer nesse caso? Posso rebocar o veículo? E a resposta é: depende.

O carro elétrico gera energia para as baterias através da desaceleração e da frenagem, transformando energia cinética em elétrica. Quando essas operações são realizadas, o sistema identifica a rotação inversa do motor e gera um campo magnético e consequentemente energia Michel Zachele, diretor de engenharia da JAC Motors

Para ele, rebocar um veículo elétrico com um eixo de tração tocando o solo pode movimentar o motor e, se o sistema não foi desenvolvido com um dispositivo que protege o restante do veículo, pode gerar energia e danificar algum componente.

"Um operador de reboque não sabe se o veículo é desenvolvido com esse sistema, ou seja, se há motores na frente ou na traseira. Para prevenir possíveis danos, as montadoras, no geral, adotam o reboque por plataforma como melhor meio", explica.

Há também muitos carros elétricos que não têm o neutro, que bloqueia a rotação do eixo de tração quando o veículo está desligado. Zachele cita o exemplo do JAC e-JS1, que tem neutro e pode ser rebocado por "asa delta", isto é, com o eixo traseiro tocando o solo e o freio de estacionamento desabilitado.

Por sinal, o freio de estacionamento - o popular freio de mão - de acionamento elétrico é um impeditivo para o reboque se não for desabilitado, mas isso também vale para veículos a combustão que possuem este sistema.

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