Ducati 1964 de 125cc pode chegar a R$ 4 mi em leilão da coleção Morbidelli

(SÃO PAULO) - Criada para disputar um campeonato mundial no qual jamais entrou, esta Ducati 125cc 1964 acabou com o chassis separado do motor durante sua jornada - o primeiro foi parar no Museu Técnico de Riga, na Letônia, enquanto a estrutura foi encontrada na antiga Iugoslávia.

Mesmo assim poderá ser arrematada por £ 600 mil (R$ 4 milhões) durante leilão da Bonhams entre os dias 14 e 16 de agosto, em Bicester, na Inglaterra.

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Quem reuniu a alma e o cérebro da primeira Ducati equipada com motor quatro-cilindros foi Giancarlo Morbidelli (1934 - 2020), um italiano nascido em família de agricultores que, em meados dos anos 1960, começou a fabricar as próprias motocicletas e se tornou uma lenda da Moto GP com sua equipe de competição. Corridas estão no sangue da família: Giancarlo é pai de Gianni, que nos anos 1990 correu na Fórmula 1 pela Minardi e pela Footwork Arrows.

E pertence à família o Museo Morbidelli, em Pesaro, na Itália, que agora está se desfazendo de 200 das 350 motocicletas de seu acervo - sendo a Ducati a joia da coroa. A coleção fora avolumada pelo patriarca durante 40 anos, tendo como foco os modelos das italianas Benelli e Ducati.

Da Benelli, as mais caras são uma Gran Premio 250cc de 1950, exemplar que levou Dario Ambrosini à vitória do campeonato mundial, estimada entre £ 120 mil (R$ 790 mil) e £ 180 mil (R$ 1,2 milhão); uma GP 250cc de 1964, pilotada e assinada pelo bicampeão mundial Tarquino Provini e que pode chegar a £ 120 mil; e uma 250 Bialbero GP Mono de 1959, cuja expectativa de arremate varia entre £ 60 mil (R$ 395 mil) e £ 100 mil (R$ 658 mil).

Outros nomes da coleção são Honda, Mondial, Norton, Matchless, Suzuki, MV Agusta, Brough Superior, além de exemplares da própria Morbidelli. Haverá também itens colecionáveis, como livros, desenhos e troféus.

É a segunda vez que o acervo vai a leilão. Na primeira tentativa, em outubro, a inscrição foi cancelada por problemas de exportação de alguns exemplares.