Fiat Strada CVT entrega mais conforto sem tirar o brilho da versão manual

No finalzinho de 2021, a Fiat cumpriu sua promessa e trouxe outra novidade para a picapinha Strada: o câmbio automático do tipo CVT. E, como você deve ter acompanhado, a fabricante aproveitou o momento para colocar mais uma opção na linha, a Strada Ranch, totalmente inspirada na versão que leva o mesmo nome da Fiat Toro.

O foco dessa nova configuração da Strada é explorar o estilo "vida no campo" - portanto, tem vários adornos pensados para isso. Detalhes cromados na grade frontal e também no para-choque, plaquinha da versão em uma falsa entrada de ar lateral, retrovisores pretos brilhantes, estribo lateral e o clássico santantônio na caçamba.

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Para ajudar nas aventuras longe do asfalto, traz rodas de liga leve aro 15 com pneus ATR - de uso misto. Mas, diferentemente da Toro, na Strada o visual geral ficou mais equilibrado, principalmente na dianteira.

Por dentro da Strada CVT

A proposta aventureira segue afinada no interior da cabine, que traz uma mistura de preto e vários detalhes na cor marrom, para lembrar terra. Há costuras aparentes nos bancos, nas portas e no volante, e o nome da versão em alto relevo nos encostos dos bancos dianteiros.

No geral, o acabamento passa uma boa impressão, com cuidados que remetem a modelos de nível superior. Saindo disso, tudo igual ao que já vimos na nova geração da picape Strada. O painel de instrumentos, por exemplo, traz o velocímetro grande no meio, conta-giros e marcador de combustível menores nas extremidades, mais a pequena tela TFT de 3,5 polegadas no meio com informações do computador e de outros recursos do carro.

A conectividade é boa com a central multimídia com tela de sete polegadas. Compatível com Apple CarPlay e Android Auto, permite criar até dois perfis de usuários e dá acesso a diferentes configurações da picape. E a Strada Ranch carrega uma novidade da linha 2022, o carregador de celular por indução no console central.

Strada CVT é mais interessante que a manual?

Uma picape compacta com transmissão automática é algo inédito em nosso mercado. Mas será que isso é realmente necessário para um modelo dessa categoria?

Na prática, o resultado é bom, como era de se esperar, pois já vimos que a Strada se deu bem com o motor 1.3 Firefly e o câmbio manual. Com a transmissão automática, da mesma forma, os 107 cv de potência e os 13,7 Kgfm de torque também garantem boa agilidade para a Strada e disposição para o tipo de trabalho a que se propõe. ]

Há, ainda, a opção de trocas manuais simuladas e o bom da história é que o CVT praticamente não alterou o consumo. Pelos números oficiais, faz 12,4 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada com gasolina no tanque. Ou seja, consumo muito próximo daquela da versão com câmbio manual.

No entanto, no uso de verdade, os mais exigentes podem ficar um pouco incomodados com o comportamento da Strada equipada com a transmissão CVT. Isso porque, nas situações em que você pisa fundo no acelerador para agilizar uma retomada de velocidade, o CVT reage com aquele comportamento mais clássico desse tipo de transmissão, fazendo o motor subir bastante o giro a ponto de incomodar com o ronco alto.

Algo agravado talvez, pela falta de um isolamento mais eficiente na cabine. Em compensação, quando você não enfrenta esse tipo de situação, o câmbio CVT faz o motor trabalhar tranquilo, bem folgado mesmo, explorando as baixas rotações. Característica que traz conforto para quem dirige a Strada e um clima típico de carro de passeio para os passageiros.

Sendo assim, para dar uma opinião final sobre a Strada com câmbio CVT, dá pra dizer que o resultado é positivo. Mas fica clara a proposta de atender quem busca o conforto de carro de passeio, em especial, na cidade. Tanto que Fiat disponibilizou o CVT somente para as versões mais equipadas e caras. Então, para quem admira e pensa em comprar a Strada para o trabalho, a tendência é que seja mais feliz com as versões com câmbio manual.

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Preço Fiat Strada Ranch CD 1.3 CVT: R$ 118.395 (SP)