Sem Frescura: afinal, o que é a paralisia do sono? Tem cura?
Tem uma situação que é péssima e que talvez você já tenha passado: acordar, abrir os olhos, mas não conseguir se mexer. Apesar de desesperadora, o melhor a se fazer nessa condição é manter a calma. Isso porque essa sensação é típica da chamada paralisia do sono.
De acordo com os especialistas consultados, ela é um distúrbio relacionado ao sono e pode durar, em média, dois minutos, mas já foram relatados casos de 10 minutos.
Nesse período, a pessoa fica acordada, mas não consegue se mover, falar ou até mesmo gritar por socorro. Geralmente, esses sintomas são acompanhados por alucinações e até mesmo sensação de sufocamento.
Apesar de não ser algo cotidiano, a paralisia do sono não é também um problema extremamente raro. Estima-se que 8% da população encara com frequência episódios do tipo. Mas até 20% das pessoas já experimentou isso ao menos uma vez na vida.
A paralisia do sono também é comum em alguns grupos de pessoas, como pacientes de distúrbios psiquiátricos e também estudantes em atividade.
De forma geral, ela acontece quando estamos na fase REM do sono, que é a mais profunda. É nela que ocorre a chamada atonia muscular, que é o bloqueio da via motora cerebral. Em situações normais, é esse bloqueio que impede que a gente se movimente como nos sonhos enquanto estamos dormindo. O problema é que durante a paralisia do sono, o indivíduo acorda quando essa via ainda está bloqueada, ou seja, ele está consciente, mas não consegue se mexer.
A boa notícia é que, na maioria dos casos, esse problema ocorre de forma isolada e isso não significa que há algo de errado com a saúde. A paralisia do sono pode estar relacionada a efeitos secundários de medicações, estresse emocional e à situações de privação do sono.
Caso ela se torne recorrente, no entanto, o ideal é se consultar com neurologista, para que o caso seja avaliado. Isso porque ela também pode estar associada a doenças psiquiátricas ou transtornos do sono, como a narcolepsia.
Se você tiver uma crise do tipo, é aconselhado tentar manter a calma, concentrar-se na respiração e esperar a situação passar sozinha, além de fazer a higiene do sono: reduzir a exposição a telas e comer em horas não tão próximas a de deitar.
Roteiro: Rodrigo Lara. Fontes: Rosana Cardoso Alves, neurologista e especialista em Medicina do Sono do Grupo Fleury; Júlio Pereira, neurocirurgião da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Edson Issamu Yokoo, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Diogo Haddad, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
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