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Sem Frescura: ejaculação precoce tem cura? O que há dentro do esperma?

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Gabriela Ingrid

Do VivaBem, em São Paulo

31/08/2020 04h00

Para quem tem pênis, a maior parte das transas culmina na ejaculação e se tornou sinônimo de gozar. Mas por que o corpo tem essa reação na hora do auge de uma relação sexual?

De maneira geral, a ejaculação tem a ver com o lado mais prático do sexo: a reprodução. Tanto que a substância expelida tem entre seus componentes os espermatozoides, que são células reprodutivas.

A ejaculação funciona como um ato reflexo quando o homem atinge um certo grau de excitação. O resultado é um estímulo neurológico que causa contrações em elementos da região pélvica do corpo, como os ductos deferentes, a próstata e as vesículas seminais.

Isso faz com que o líquido seminal seja transportado até a uretra. Em um segundo momento, uma contração da musculatura pélvica faz com que esse líquido seja ejetado pela ponta do pênis.

Em média, cada ejaculação tem um volume de líquido entre 2 e 5 ml. Apesar desse líquido viscoso ser um meio de transporte e de proteção para os espermatozoides, ele tem mais itens em sua composição. Entre eles estão frutose, ácido cítrico, espermina, prostaglandina, zinco, proteínas, imunoglobulinas e enzimas.

E os espermatozoides, em si, são a menor parte da composição do esperma: só de 5 a 10% do líquido ejaculado vêm de regiões como os testículos e epidídimos, enquanto o restante é produzido pela próstata e vesículas seminais.

Isso explica, por exemplo, porque homens que passaram por um procedimento de vasectomia não perdem a capacidade de ejacular.

A ejaculação também está relacionada a um medo que muitas pessoas têm na "hora h", que é o de gozar rápido demais, a chamada ejaculação precoce. Esse é um problema bastante comum e até 40% encaram essa questão. O lado bom é que, na grande maioria dos casos, ela está mais ligada a questões psicológicas do que físicas.

Ansiedade, por exemplo, é uma das causas do problema e que também está relacionada a problemas de ereção. Neste caso, além de muita conversa com a parceira ou o parceiro, tratamentos como psicoterapia tendem a ter bons resultados.

Em outros casos, no entanto, podem ser problemas físicos, como neurológicos, hormonais, infecções genitais, e até mesmo causas genéticas.

Se isso tem ocorrido com você com frequência, o melhor a se fazer é procurar um especialista para identificar se o problema é físico ou não e, assim, seguir o tratamento mais adequado ao caso.

Roteiro: Rodrigo Lara. Fontes: Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Hospital Israelita Albert Einstein; Carlo Passerotti, urologista e coordenador do Centro de Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Rogério Pelogia, médico urologista da DaVita Serviços Médicos; Guilherme Wood, médico urologista e especialista em reprodução humana da Huntington Medicina Reprodutiva; Rodolfo Santana, urologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.