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Tipo sanguíneo e genes estão ligados a risco de covid-19 grave, diz estudo

Pessoas do tipo sanguíneo A seriam mais suscetíveis para contrair casos graves da doença, segundo pesquisa europeia; Imagem ilustrativa - Ricardo Castelan Cruz/ Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images
Pessoas do tipo sanguíneo A seriam mais suscetíveis para contrair casos graves da doença, segundo pesquisa europeia; Imagem ilustrativa Imagem: Ricardo Castelan Cruz/ Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images

Vishwadha Chander

Da Reuters, em Bengaluru

19/06/2020 10h00Atualizada em 19/06/2020 10h07

O tipo sanguíneo de uma pessoa e outros fatores genéticos podem ter ligação com a gravidade de uma infecção pelo coronavírus, de acordo com pesquisadores europeus.

As descobertas, publicadas no periódico científico "The New England Journal of Medicine" ontem, levam a crer que pessoas com sangue tipo A correm um risco maior de desenvolverem sintomas mais intensos quando infectadas pelo vírus.

No auge da epidemia na Europa, pesquisadores analisaram os genes de mais de 4 mil pessoas em busca de variações que são comuns naqueles que foram contaminados e desenvolveram casos graves da covid-19.

Eles descobriram uma série de variantes em genes que estão envolvidos nas reações imunológicas são mais comuns em pessoas com casos graves. Estes genes também estão envolvidos com uma proteína de superfície celular chamada ACE2, que o coronavírus usa para ter acesso às células do corpo e infectá-las.

Os pesquisadores, liderados pelo doutor Andre Franke, da Universidade Christian-Albrecht de Kiel, na Alemanha, e pelo doutor Tom Karlsen, do Hospital Universidade de Oslo, na Noruega, também descobriram uma relação entre a gravidade da covid-19 e o tipo sanguíneo.

O risco de casos graves da covid-19 é 45% maior para pessoas com sangue tipo A do que pessoas com outros tipos sanguíneos, e parece ser 35% menor para pessoas com sangue tipo O.

"As descobertas oferecem pistas específicas sobre quais processos de doenças podem acontecer na covid-19 grave", disse Karlsen à Reuters, observando que pesquisas adicionais são necessárias antes de as informações se tornarem úteis.