Topo

Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


'Fiquei viciado em sexo', diz Ney Matogrosso; como identificar transtorno?

Imagem: Leo Aversa

De VivaBem*, em São Paulo

25/05/2024 15h11

O cantor Ney Matogrosso, 82, disse que a vida sexual sempre teve e continua tendo um peso essencial. Ele contou já ter transado com mais de 15 pessoas ao mesmo tempo e ter sido viciado em sexo.

"Lá pelos 30, 40 anos, cheguei a ficar viciado em sexo. Tinha que transar todo dia para conseguir dormir. Hoje, vivo um relacionamento com uma pessoa de fora do Rio e consigo me guardar para ela", disse.

Vício em sexo é distúrbio de saúde mental. Segundo a Classificação Internacional de Doenças da OMS (Organização Mundial de Saúde), o problema é considerado um transtorno do comportamento sexual compulsivo. A pessoa com diagnóstico precisa de ajuda profissional para realizar tratamento.

Não é só o ato sexual. O transtorno pode envolver também masturbação e consumo de conteúdo pornográfico. Em alguns casos, a pessoa chega a machucar a região genital pelo comportamento excessivo, mas não o interrompe.

Gostar muito de sexo é diferente de vício. Praticar o ato, se masturbar ou usar brinquedos sexuais com frequência pode indicar uma libido alta, mas não são indícios do transtorno.

A frequência com que alguém transa também não necessariamente indica um problema, mas a falta de controle sobre o desejo sexual pode ser um sinal de alerta.

Como identificar vício em sexo

Abandono de si. Pessoas com o transtorno dedicam muito tempo às atividades sexuais e deixam de lado hábitos que tinham em outras áreas da vida. Acabam negligenciando a própria saúde e sentem que precisam saciar o desejo sexual imediatamente, sem conseguir esperar.

Os sintomas do vício incluem:

  • Não conseguir controlar impulsos sexuais;
  • Transformar o comportamento sexual no foco da vida;
  • Negligenciar outros interesses e áreas da vida em prol da atividade sexual;
  • Ter prejuízos financeiros, nas relações familiares e de trabalho;
  • Se colocar em situações de risco para satisfazer o desejo sexual;
  • Sentir-se culpado ou estressado por não conseguir se controlar.

Comportamento repetitivo. Se não tratado, o problema pode progredir rapidamente, assim como ocorre com dependentes químicos. Se hoje a pessoa se masturba um determinado número de vezes por dia, por exemplo, é provável que daqui a algumas semanas ela precise triplicar essa frequência para satisfazer seus impulsos sexuais.

Tratamento do vício em sexo

O objetivo é controlar o comportamento compulsivo. Há alguns caminhos, mas basicamente envolve tratamento psiquiátrico (com uso de medicação, se necessário), psicoterapia e, por vezes, tratamento em grupo.

A linha terapêutica mais indicada por especialistas é a cognitivo-comportamental, mas outras abordagens, como a psicodinâmica, podem ajudar nos casos em que a compulsão sexual está relacionada a problemas como abuso sexual sofrido na infância.

*Com informações de reportagens publicadas em 09/08/2022 e 07/04/2022

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

'Fiquei viciado em sexo', diz Ney Matogrosso; como identificar transtorno? - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Equilíbrio