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Inspiração pra fazer da atividade física um hábito


Grávida, Viviane Araújo malha em casa; por que faz bem e quem deve evitar

Viviane Araújo treina após liberação médica - Reprodução/Instagram
Viviane Araújo treina após liberação médica Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem

06/03/2022 11h11

A atriz Viviane Araújo, 46, compartilhou em seu Instagram que, mesmo grávida, tem treinado em casa. "A época em que gestante não podia fazer nada já passou. Exercícios físicos devem ser feitos na gravidez, se o seu obstetra liberar", escreveu.

Segundo a atriz, nos três primeiros meses de gestação, a pedido do seu médico, ela não malhou, mas que com a liberação recente, voltou aos exercícios. "Como sempre pratiquei, não tem motivo para parar. Faz parte da minha rotina".

Realmente, grávidas atletas ou em melhores condições físicas podem fazer treinos de intensidade moderada, de maior duração e frequência semanal.

Já quem tinha um estilo de vida sedentário deve começar em níveis mais baixos de intensidade e avançar de forma gradual. Entretanto, conforme a gravidez progride, o ideal é que o nível de atividade física diminua.

De maneira geral, a prática regular de exercícios físicos durante a gestação traz muitos benefícios, incluindo a redução de dores, a melhora da flexibilidade e o controle do peso. Mas antes de seguir com os treinos ou até mesmo decidir começar, é de extrema importância a liberação médica e o acompanhamento profissional.

Benefícios da atividade física

De acordo com o ACOG (Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia), exercitar-se por pelo menos 30 minutos, na maioria dos dias da semana, leva a diversos benefícios, como:

  • Prevenção ou, em alguns casos, auxílio no tratamento do diabetes gestacional
  • Melhora do tônus muscular, força e resistência
  • Redução de dores nas costas, prisão de ventre, inchaço
  • Melhora do humor
  • Aumento da energia e disposição
  • Melhora no padrão de sono

Modalidades mais indicadas na gestação

O exercício mais indicado para cada mulher depende muito do que ela fazia antes da gravidez, sendo que alguns podem e devem ser continuados, como corrida e caminhadas. Os mais seguros são natação, hidroginástica, outras modalidades na água e caminhadas, por conta do baixo impacto. Para fortalecimento, a musculação é muito segura e versátil, assim como o pilates, que é recomendado inclusive para quem nunca fez.

Entretanto, é preciso ficar atento para alguns exercícios específicos. Os que flexionam ou causam uma "prensa abdominal" não são indicados para gestantes. Essas atividades aumentam a pressão intra-abdominal e pode ser ruim para o bebê e para a mãe, já que a placenta tem uma demanda cardiovascular intensa para nutrir o feto. Em casos mais graves, isso pode desencadear um parto prematuro.

Além disso, exercícios em que as gestantes ficam deitadas também não são muito recomendados, principalmente a partir dos seis meses, pois a tendência é a pressão da gestante cair. O útero comprime os vasos e diminui fluxo sanguíneo para o bebê.

Contraindicações

Mulheres com as seguintes complicações abaixo devem evitar a prática:

  • Doença miocárdica descompensada;
  • Insuficiência cardíaca congestiva;
  • Tromboflebite;
  • Embolia pulmonar recente;
  • Doença infecciosa aguda;
  • Risco de parto prematuro;
  • Sangramento uterino;
  • Isoimunização grave;
  • Hipertensão arterial;
  • Anemia;
  • Histórico de sedentarismo extremo;
  • Obesidade mórbida;
  • Diabetes descompensada;
  • Doenças tireoideanas, entre outros.

*Com informações de matéria publicada em 16/04/2018.