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Covid-19: sintomas da variante delta parecem resfriado, só não os ignore

Imagem: iStock

De VivaBem, em São Paulo*

03/09/2021 14h41

Embora a variante gama ainda seja a mais predominante no país, a delta, identificada há três meses, segue ganhando terreno. Segundo a Rede Genômica da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a delta já é a variante mais encontrada nas regiões Sul e Sudeste, sendo predominante em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Segundo dados recentes da cidade de São Paulo, a variante delta já está presente em 69,7% das amostras identificadas. No Rio de Janeiro, ela já é a responsável por mais de 80% dos casos de covid-19. E na semana passada, o governo de Minas Gerais também divulgou que a variante já lidera as amostras colhidas no estado —a explicação para essa diferença no sistema da Fiocruz é só a demora de envio dos dados.

Imagem: Reprodução/Rede Genômica Fiocruz

Saiba quais os sintomas mais comuns da delta

Pessoas infectadas com a delta não apresentam tanta tosse, falta de ar ou perda de paladar e olfato, como é mais comum com a cepa original do coronavírus. De acordo com o professor Tim Spector, que dirige o estudo Zoe Covid Symptom, no Reino Unido, os sintomas mais comuns da delta são:

  • dores de cabeça
  • dor de garganta
  • coriza (nariz escorrendo)
  • febre

Mas aí temos um problema: esse quadro pode ser confundido facilmente com um resfriado comum, o que acaba levando muitas pessoas a não procurar atendimento e à possibilidade de contaminar outras sem saber que estão com covid. É importante fazer os testes de detecção para estabelecer o diagnóstico correto.

"As pessoas podem pensar que acabaram de pegar algum tipo de resfriado sazonal e ainda irem a festas. Elas podem espalhar o vírus para outras seis pessoas. Achamos que isso está alimentando grande parte do problema", diz Spector.

O professor Benedito Antônio Lopes da Fonseca, da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), acrescenta que como as manifestações clínicas tendem a ser mais leves, é provável que a demanda seja maior por enfermaria, ao contrário do que vem acontecendo desde o início da pandemia.

E aqui no Brasil ainda tem a questão do tempo seco, que provoca o ressecamento das vias aéreas, aumentando a incidência de infecções respiratórias e irritações do trato respiratório —tosse, dor de garganta e até sangramento nasal. Tudo isso se confunde com covid.

Por isso, se os sintomas não passarem em um ou dois dias —o que descartaria uma rinite, por exemplo—, procure atendimento médico para fazer o teste RT-PCR e ter certeza se está ou não com covid. Enquanto não souber o que tem, evite sair de casa e ter contato com outras pessoas para não espalhar quaisquer vírus por aí —seja influenza ou coronavírus.

Continue se protegendo

Com a variante delta tomando força, lembre-se de continuar usando máscara, higienizando as mãos, mantendo o distanciamento físico e, claro, não escolhendo vacina, afinal, nem metade da população está completamente vacinada.

Se você fizer a sua parte, poderemos, sim, combater a nova cepa. Isso porque as vacinas são capazes de abrandar a força dessa nova variante, no mínimo parcialmente.

Todas elas conseguem evitar o aumento do número de casos graves, frisando a necessidade de aplicação da segunda dose —com exceção da vacina da Janssen, que é dose única.

As pessoas que já receberam o esquema completo de vacinação e venham a ser contaminadas pelo vírus terão sintomas mais leves.

Segundo o CDC (Centro de Controle de Doenças, dos EUA), pessoas imunizadas transmitem a variante delta tanto quanto não vacinados. Como ela já se espalha pelo Brasil, todo cuidado é pouco para evitar que a cepa gere um novo pico de infecções, internações e mortes por covid.

*Com informações de reportagens publicadas em 06/07/2021, 16/07/2021, 23/07/2021 e 02/09/2021.

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