Sarampo: quem não tem carteira de vacinação pode receber imunização?
Priscila Carvalho
Do Uol VivaBem, em São Paulo
22/07/2019 19h57
O sarampo voltou a preocupar autoridades de saúde no Brasil. Só neste ano, a cidade de São Paulo registrou 363 casos de pessoas com a doença. Desses, 226 foram somente no mês de julho, o que representa um aumento de 164,9%.
E há quem tentou ir a uma unidade básica de saúde para se vacinar e não conseguiu porque estava sem a carteira de vacinação. Diante de muitas dúvidas sobre quem pode se vacinar, o UOL VivaBem conversou com especialistas e esclarece abaixo.
Quem não tem carteira de vacinação pode tomar a vacina?
Sim. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde é possível tomar a vacina sem carteira de vacinação.
Quem pode ser vacinado nesse momento?
O público-alvo da campanha na cidade de São Paulo, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde é composto por:
- Todas as pessoas com idade de 15 a 29 anos;
- Crianças entre 6 meses e 11 meses e 29 dias (sendo que ela não será válida para rotina, devendo ser agendada uma nova dose aos 12 meses de idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas);
- Profissionais de saúde.
Já para pessoas com entre 30 e 49 a imunização também está disponível pelo SUS.
Estou fora do público-alvo, posso me vacinar na rede particular?
Sim. Quando não há certeza da vacinação e se pessoa deseja se vacinar novamente, ela pode procurar uma rede privada e tomar a vacina do sarampo. O valor varia de R$ 100 a 150.
Tem problema tomar a vacina mais de duas vezes?
Não há problema nenhum em receber a dose novamente. Lembrando que para quem tem até 29 anos, a vacina está disponível em duas doses. Já para pessoas entre 30 e 49 anos, a dose é única.
Por quanto tempo a vacina é válida?
Se você tomou as duas doses, ela é válida para sempre. No entanto, se você foi vacinado aos 9 meses de idade e quando a imunização era feita em vacina única para sarampo (e não a tríplice viral), vale passar pela picada novamente. Essas duas práticas já não são mais consideradas seguras e foram abolidas entre os anos 1990 e o começo dos anos 2000 (dependendo do estado), vale passar pelo processo novamente.