Conteúdo publicado há 3 meses

Ex confessa emparedar corpo, mas nega ter matado albanesa sumida por 9 anos

O ex-companheiro da albanesa Sibora Gagani, de 22 anos, confessou que emparedou o corpo da aspirante a modelo, mas negou ter matado a jovem. O corpo da mulher, que sumiu na Espanha e ficou desaparecida por nove anos, foi achado em junho de 2023.

O que aconteceu

Ex-companheiro admitiu que escondeu o corpo de Sibora. Em carta, o italiano Marco Romeu disse lamentar "por ter feito algo tão nojento", insistindo que não cometeu o crime. Ele não deu mais detalhes sobre o que teria feito para esconder o corpo. Porém, quando foi preso no ano passado pela morte de sua atual namorada, Marco admitiu ter matado Sibora após ver o rosto da jovem em um pôster de pessoas desaparecidas na delegacia.

O homem também confessou o outro assassinato. Marco declarou querer confessar agora que matou a facadas a outra companheira no ano passado. A vítima foi identificada apenas como Paula, 28, e o crime ocorreu na cidade espanhola de Torremolinos.

Homem alega que brigou com namorada antes de matá-la. Após uma luta corporal, Marco disse ter agarrado Paula pelo pescoço e tê-la atirado ao chão do apartamento (o mesmo em que viveu com Sibora). A vítima teria gritado por socorro, então, ele a atacou e a matou. Ele alega não se lembrar de mais nada e acrescentou que entrou em pânico e fugiu após o crime, sendo preso logo depois. O corpo de Paula foi achado na residência.

Marco disse querer falar sobre tudo que teria acontecido nos casos. O acusado apontou que o desejo de falar à Justiça ocorreu após ele ser preso e "ter uma relação muito próxima com Deus e estar totalmente arrependido", contaram fontes próximas do caso à Efe, segundo o jornal El País. Ele disse que repetirá as alegações da carta diante de um juiz nesta terça-feira (30).

Corpo foi emparedado

A Polícia da Espanha encontrou o corpo de Sibora em 6 de junho de 2023. O cadáver da jovem, que tinha ascendência albanesa e cidadania italiana, estava entre paredes. Ela desapareceu no sul da Espanha em 2014.

Os restos mortais estavam dentro de uma caixa de madeira entre duas paredes no apartamento em que a vítima viveu com o ex-namorado. O cadáver estava em um saco para dormir coberto por cal, possivelmente usado para dissolver o corpo de Sibora.

Dentro da caixa com os restos mortais também havia uma faca com marcas de sangue e um ramo de flores sobre o cadáver. A parede era, inicialmente, um espaço para armário. No ano passado, os inquilinos que ocupavam o apartamento afirmaram às autoridades que nunca perceberam algo estranho na casa.

Continua após a publicidade

Usando um sistema de raios-X, os policiais detectaram a caixa de madeira escondida. Anteriormente, a polícia revistou o apartamento várias vezes, fazendo pequenos furos nas paredes para introduzir câmeras em busca de pistas da albanesa, mas não tinha encontrado nada do crime.

A autópsia confirmou que a jovem foi esfaqueada. Ela tinha várias marcas no corpo, inclusive nas costas. Um exame de DNA foi necessário para identificar o corpo.

Confira abaixo o vídeo divulgado pela polícia espanhola à época, que mostra os agentes quebrando a parede:

O sumiço da jovem

Sibora morava no apartamento com Marco desde 2011 até a data do desaparecimento, no sul da Espanha, em 2014. Ele tinha 45 anos à época. Ela sumiu depois de romper o relacionamento com o homem.

Continua após a publicidade

A família da jovem vive na Itália e sempre divulgava as imagens dela na tentativa de encontrá-la.

Na época do sumiço, Marco teria dito aos pais da jovem que ela tinha decidido ir embora e deixou seus itens pessoais para trás.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Continua após a publicidade

*Com informações de CNN Portugal, El País, jornal espanhol La Vanguardia e The Daily Mirror

Deixe seu comentário

Só para assinantes