Conteúdo publicado há 4 meses

Suspeito de estuprar mulheres durante 'tratamento espiritual' é preso em SP

Um homem foi preso pela Polícia Civil em Socorro, no interior de São Paulo, nesta terça-feira (16). Ele é suspeito de estuprar várias mulheres durante suposto tratamento espiritual.

O que aconteceu

Homem abusava sexualmente de mulheres durante "tratamento espiritual", diz polícia. O suspeito teve sua prisão preventiva decretada hoje, após ser acusado de abuso sexual e estupro por oito mulheres entre 2017 e novembro de 2023. Seis das vítimas foram ouvidas pela Polícia Civil de São Paulo.

Suspeito usava "hipnose" e se dizia "curandeiro com poderes superiores". Segundo relatos das vítimas, o homem dizia ter poderes de cura e usava hipnose para abusar delas. "O homem se aproveitou da fragilidade física e emocional delas e, durante o tratamento terapêutico e de massoterapia realizado em sua casa, as induzia a tirar a roupa e cometia o abuso sexual", disse em nota a polícia.

Polícia suspeita que o homem também praticou abusos em clínica de raio-x. Investigadores acreditam que o homem tenha abusado sexualmente de pacientes quando trabalhava em uma clínica de radiografia. Uma das vítimas tinha 17 anos à época do abuso.

Inquérito foi instaurado; armas e objetos sexuais foram recolhidos. Na casa do suspeito, os policiais encontraram duas armas de fogo e objetos "de cunho sexual". Ele vai responder por estupro, exercício ilegal de medicina, curandeirismo, violação sexual mediante fraude e posse irregular de arma de fogo.

Como a identidade do homem não foi divulgada, o UOL não conseguiu entrar em contato com a defesa. O espaço segue aberto para manifestação.

Delegada: criminoso se apresentava como "semideus"

A delegada Leise Silva Nunes afirma que suspeito induzia vítimas fragilizadas. Nunes disse que o homem cooptava as vítimas em centro de umbanda que frequentava, e ia atrás de mulheres que precisavam de apoio médico ou espiritual. A declaração foi dada em entrevista à TV Thathi Record.

Suspeito cobrava R$ 150 por sessão. Segundo a delegada, ele oferecia ozonioterapia, massagens, quiropraxia e tratamento psicológico. Desses serviços, ele só estava apto a realizar ozonioterapia.

Continua após a publicidade

Vítimas montaram grupo de WhatsApp para conversar sobre abusos. A delegada afirma que uma das vítimas, estranhando o tratamento recebido pelo suspeito, conversou com outras mulheres atendidas por ele e criaram um grupo para trocar mensagens sobre o que passaram e falar com a polícia.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Deixe seu comentário

Só para assinantes