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Breonna Taylor: como G. Floyd, ela foi morta pela polícia e gera protestos

Breonna Taylor Imagem: Reprodução/Facebook

Nathália Geraldo

De Universa

05/06/2020 17h02Atualizada em 12/06/2020 09h09

Nesta sexta (5), duas hashtags, "#Sayhername" (Diga o nome dela) e #BirthdayforBreonna (Aniversário de Breonna), se tornaram formas de homenagear Breonna Taylor, uma profissional de saúde morta em março por um policial de Louisville, em Kentucky.

Ela faria 27 anos hoje e em meio à onda crescente — e que extrapolou as fronteiras dos Estados Unidos — de protestos pela morte de George Floyd, o caso de Breonna Taylor também ganhou as ruas, os cartazes e manifestações artísticas, dentro e fora da internet. Apesar de ela ter sido assassinada no dia 13 de março, a busca por informações do ocorrido aumentou nesta sexta, possivelmente porque as lembranças por seu aniversário tomaram corpo com as hashtags com seu nome.

A atriz Viola Davis foi uma das que compartilhou uma ilustração de Breonna, com a mensagem: "Feliz aniversário Breonna! Nós não esquecemos você ou as inúmeras mulheres negras que foram assassinadas sem sentido. Sua vida importava. Orando por sua mãe hoje". Usuários no Instagram e no Twitter também se organizam para mandar cartões de aniversário que seriam direcionados a ela para o procurador-geral de Kentucky, pedindo para que ele dê seguimento ao caso.

Breonna Taylor: entenda caso

De acordo com informações do jornal New York Times, no dia 13 de março, a técnica de emergência médicas foi morta com oito tiros após a polícia de Louisville ter invadido a casa em que ela dormia com o namorado. O jornal local Courier Journal conta que os policiais faziam investigação a respeito de tráfico de drogas e usaram um mandado de busca em que eles podiam entrar no imóvel "sem bater na porta" de Taylor, ou se identificar como membros da corporação.

Manifestante levanta cartaz em protesto Black Lives Matter em Louisville, pedindo por Justiça para Breonna e George Floyd Imagem: Brett Carlsen/Getty Images

Apesar de os policiais estarem atrás de dois homens envolvidos com o narcotráfico, a casa de Taylor entrou na investigação porque a polícia suspeitava de que o imóvel servia como um ponto para receber as drogas. Os três agentes participantes da ação alegam que informaram a presença no imóvel e que o namorado de Breonna teria atirado neles — que revidaram. Eles não foram formalmente acusados no caso e estão em áreas administrativas do Departamento policial local.

Dois meses após a morte de Breonna Taylor, a família entrou com um processo "alegando acusações de agressão, morte por negligência, força excessiva, negligência e negligência grave". Em 21 de maio, o FBI informou que abriu investigação para apurar as circunstâncias da morte dela.

Os protestos Black Lives Matter também têm se organizado para cobrar agilidade na abordagem do caso e não deixar com que a morte de Breonna caia no esquecimento. O site Fight for Breonna também colhe assinaturas em petição por justiça para os familiares e amigos.

Grafiteiro faz mural "Justiça para Breonna", em Louisville, Kentucky, em região próxima a protestos por vidas negras Imagem: Brett Carlsen/Getty Images

O namorado de Taylor, Kenneth Walker, está em prisão domiciliar após ter sido acusado de tentativa de assassinato de um policial e agressão em primeiro grau. A defesa de Walker afirma que ele atirou em legítima defesa, por achar que alguém tentava invadir o local em que eles estavam e que ele tinha licença para portar uma arma.

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