Empresas de tecnologia apoiam agência independente de combate a extremismo online
Um grupo de trabalho global criado por Facebook, Twitter, YouTube e Microsoft para remover conteúdo extremista se tornará uma agência independente que trabalha "para responder mais rapidamente e trabalhar colaborativamente para evitar" ataques como ocorrido na Nova Zelândia, disse a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern.
A premiê pressionou por uma ação mais forte desde o pior tiroteio em massa em tempos de paz da Nova Zelândia em março, quando um homem armado atacou muçulmanos que compareciam às orações de sexta-feira em Christchurch. Ele matou 51 pessoas e transmitiu os assassinatos ao vivo no Facebook.
"Da mesma maneira que respondemos a emergências naturais como incêndios e inundações, precisamos estar preparados e prontos para responder a uma crise como a que vivemos", disse Ardern a jornalistas durante a reunião anual das Nações Unidas de líderes mundiais.
O Fórum Global da internet para combater o terrorismo foi criado em 2017, sob pressão dos governos dos EUA e da Europa, após uma série de ataques. Agora ele se tornará uma organização independente liderada por um diretor executivo, financiado por Facebook, YouTube, Twitter e Microsoft.
Falando em uma entrevista coletiva conjunta com a vice-presidente de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, Ardern disse que a organização será administrada por um conselho operacional composto por representantes da empresa. A entidade também terá um comitê consultivo independente composto por membros do governo e da sociedade civil.
Ardern disse que parte do trabalho do grupo será financiar e coordenar pesquisas acadêmicas sobre terrorismo e operações extremistas violentas e sobre as melhores práticas de compartilhamento de dados.
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