Revelações de Snowden transformaram cenário tecnológico; veja mudanças

As revelações do ex-agente da NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos) Edward Snowden sobre a espionagem de alguns governos gerou uma série de mudanças no mundo da tecnologia. Empresas passaram a proteger melhor sua próprias informações e as de seus usuários, leis começaram a ser mudadas e foram até criados smartphones para dificultar a quebra de privacidade.
Veja a seguir alguns serviços modificados ou produtos inventados após as revelações de espionagem feitas por Snowden:
Empresas lançaram aparelhos que prometem proteger a privacidade, criptografando informações. Nos EUA, a Freedom Pop lançou o Privacy Phone para esse fim. Outra iniciativa é o Blackphone, produzido em parceria entre a espanhola Geeksphone e a Silent Circle. Com criptografia, os dados de usuários dificilmente são interceptados, pois eles contam com uma codificação que embaralha as informações. O Yahoo! anunciou no início de 2014 que passaria a criptografar as informações do serviço Yahoo! Mail. A empresa também afirmou que vai fazer o mesmo com os dados que passam por seus datas centers. Segundo documentos da NSA, o acesso aos e-mails era feito, majoritariamente, por meio de softwares presentes nos próprios servidores da companhia, que não contavam com criptografia. As notícias de que a NSA consegue acessar informações de várias redes sociais e serviços de armazenamento de dados fizeram com que oito gigantes da tecnologia criassem uma aliança chamada Reform Government Surveillance. Empresas como Google, Apple e Facebook pedem reformas nas regras de vigilância dos Estados Unidos. As revelações de espionagem minaram a credibilidade empresas norte-americanas Como a conexão à internet do Brasil passa necessariamente pelos Estados Unidos, o governo planeja a instalação de um cabo de fibra óptica que ligue o país à Europa. Isso deixaria o Brasil menos dependente dos EUA. Segundo o governo brasileiro, o custo do acesso poderia ficar mais barato com a construção desse cabo submarino. Nem o serviço de e-mail criptografado utilizado por Edward Snowden ficou impune após suas revelações. O chamado Lavabit saiu do ar, segundo comunicado do diretor do serviço em sua página inicial, após sofrer grande pressão do governo dos Estados Unidos. O mesmo aconteceu com o Silent Circle, outro serviço de e-mail usado por Snowden. Em setembro de 2013, o governo brasileiro encomendou aos Correios o desenvolvimento de uma ferramenta nacional segura de e-mail contra bisbilhotices. As revelações de Snowden provaram que os serviços atuais são vulneráveis. Uma das exigências do governo é que o serviço nacional tenha criptografia. Atualmente, a Icann (Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números) é o órgão responsável pela governança da internet. Apesar de ser uma instituição sem fins lucrativos, ela é subordinada ao governo dos Estados Unidos. Após a repercussão, Europa e o Brasil pediram para que uma instituição multilateral seja responsável pelos rumos da internet. Empresas como IBM e Cisco notaram queda nas vendas para o mercado chinês, após o vazamento de dados de Snowden. Executivos das duas empresas visitaram o país asiático para tentar reconquistar a confiança do governo e de companhias locais. Antes das revelações de Snowden, os EUA acusaram diversas vezes a fabricante chinesa Huawei de usar seus produtos para espionar para o governo chinês. Enquanto a maioria das empresas tem investido em criptografia para aumentar a segurança de seus serviços, a NSA, segundo o "Washington Post", investe milhões para criar um computador quântico que quebra esse tipo de proteção. A partir dessa iniciativa, o órgão americano pretende ser capaz de invalidar todas as formas atuais de criptografia. Efeito Snowden
Celulares que protegem a privacidade
Yahoo! criptografa e-mail
Mudança de leis nos EUA
Cabo que liga o Brasil à Europa
Serviço de e-mail do Snowden sai do ar
E-mail nacional
Governança da internet
Perda de confiança
Contra-ataque
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