Dando continuidade às festividades de 20 anos do PlayStation 2, é justo lembrar que o console não só é o mais vendido de todos os tempos, mas também serviu de palco para jogos assustadores.
Na lista a seguir, trazemos algumas obscuridades e outros nomes bem conhecidos. Todos eles, de uma forma ou de outra, deram forma, evoluíram e estabeleceram o gênero de terror durante a "geração 128-bit".
SIREN
Lançamento: 2003
Desenvolvimento: Sony Computer Entertainment
A criação máxima de Keiichiro Toayama, de Silent Hill, não encontrou seu público (ao menos fora do Japão) quando de seu lançamento e das continuações, inclusive no PS3. Siren é terror folclórico antológico, extremamente exigente, complexo e difícil, e se estende por dezenas de horas de duração, algo raro no gênero. Entre tantas características únicas, destacamos a capacidade de enxergar através dos olhos das monstruosidades, Shibitos, pois todos ali, na vila de Hanuda, já cruzaram deste plano de existência para outro, do além.
HAUNTING GROUND
Lançamento: 2005
Desenvolvimento: Capcom
Quando a softhouse japonesa Human Entertainment decretou falência em janeiro de 2000, alguns de seus desenvolvedores foram parar na Capcom e o resultado disso, além do decepcionante Clock Tower 3, foi a evolução da fórmula criada por Hifumi Kono em Haunting Ground. Na pele da aparentemente incauta jovem Fiona, cujo passado é tão ardiloso quanto o castelo onde acordou após um acidente de carro, é preciso escapar de perseguidores dos mais terríveis, como o gigante demente Debilitas. Mas Fiona não está sozinha: Hewie, seu fiel companheiro canino, será de valia inestimável nessa terrível aventura.
ECHO NIGHT: BEYOND
Lançamento: 2004
Desenvolvimento: FromSoftware
A FromSoftware é bem mais que Dark Souls e derivados, e um desses exemplos contundentes é Echo Night: Beyond, que leva a franquia de terror em primeira pessoa para uma base lunar. Nessa realidade, casar-se na superfície do satélite é uma realidade, assim como a presença de entidades sobrenaturais. O game fez terror numa perspectiva pouco explorada até então, hoje exaurida e cansada.
SILENT HILL 2
Lançamento: 2001
Desenvolvimento: Konami
Considerado por muitos como o maior terror em videogame de todos os tempos, Silent Hill 2 é histórico por uma série de fatores: contar uma história que contém abuso sexual, depressão e suicídio; conduzir sutilmente a forma como o jogo é jogado e descoberto; tecer maquiavelicamente uma das ambientações mais sinistras do gênero; e trazer do abismo, seres disformes, verdadeiras manifestações da psiquê putrefata daqueles que cruzam os domínios da cidade de sombras e névoa. Silent Hill 2 é eterno.
RESIDENT EVIL 4
Lançamento: 2005
Desenvolvimento: Capcom
São muitos os jogos da franquia Resident Evil lançados no PS2, como os dois Outbreak, Dead Aim e até CODE: Veronica X, mas o destaque precisa ser mesmo para a missão de Leon Kennedy até uma vila isolada na Espanha em Resident Evil 4. Mesmo sob ameaças de decapitações, um dos títulos mais importantes da franquia e dos videogames, chegou ao console da Sony e, apesar de não tão impressionante visualmente quanto a versão de GameCube, trouxe conteúdo extra e canônico, protagonizado por ninguém menos que Ada Wong.
FATAL FRAME 2: CRIMSON BUTTERFLY
Lançamento: 2003
Desenvolvimento: Tecmo
Dentre todos os jogos da franquia Fatal Frame, talvez seja Crimson Butterfly o mais popular. Não por menos, pois chegou durante a explosão do j-horror no ocidente, contando uma história tão melancólica quanto assustadora. Na região de Mikami, as gêmeas Mio e Mayu brincam em seu local favorito, sem ideia de que ali já foram realizados inúmeros rituais de sacrifício - um panteão de espíritos malignos vagam com sede de vingança.
KUON
Lançamento: 2004
Desenvolvimento: FromSoftware
Mais um de terror da FromSoftware. Saudades de quando a casa de Dark Souls se dedicava aos mais variados gêneros? Kuon, assim como Fatal Frame, vem no sucesso do j-horror no ocidente para contar uma história de fantasmas no Japão Feudal, mais precisamente no período Heian. São três protagonistas oferecendo diferentes perspectivas de um mesmo evento catastrófico, responsável por trazer os mortos de volta a vida e espíritos para este plano de realidade.
OBSCURE
Lançamento: 2004
Desenvolvimento: Hydravision Entertainment
Terror adolescente também foi devidamente contemplado no vasto catálogo do PlayStation 2. ObsCure representou bem filmes como Pânico, Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado e, em especial, Prova Final, de 1998. Trata-se de um grupo de amigos - jogar em cooperativo é ainda melhor, pois a morte permanente é ponto alto do jogo - desvendando mistérios um tanto quanto alienígenas, no colégio onde estudam.
RULE OF ROSE
Lançamento: 2006
Desenvolvimento: Punchline
O terror vitoriano de Rule of Rose aborda um ponto pouco explorado em videogame na época: crianças malignas. Jennifer explora um orfanato não tão abandonado quanto imaginava, pois o Red Crayon Aristocrats (essencialmente, crianças desprovidas de valores e limites) tomou conta do lugar. Traumas de infância e monstruosidades saídas de contos de fada levam esse horror de sobrevivência adiante, além do companheiro canino Brown.
THE SUFFERING
Lançamento: 2004
Desenvolvimento: Surreal Software
The Suffering e sua continuação, Ties That Bind, são bem mais que jogos de ação, pois o horror, quase sempre, é colocado em primeiro plano. O cenário já é sórdido o suficiente: uma prisão, mais precisamente no corredor da morte. Torque, o calado anti-herói condenado pela morte de sua ex-esposa e dois filhos, é salvo por um terremoto. Não só os detentos são soltos, como também as bestialidades que residem dentro dele.
MANHUNT
Lançamento: 2003
Desenvolvimento: Rockstar North
O lado mais sombrio da Rockstar está em Manhunt e em sua continuação - seria impossível conceber algo tão doentio quanto esses dois jogos, com os gráficos e tecnologia dos videogames atuais. Cash está no corredor da morte, mas não por muito tempo: sua liberdade é comprada por um magnata sádico e fetichista. Logo, adentramos na pele do condenado, num mundo sem volta onde a lei do mais forte se prova a cada esquina, onde tudo é devidamente transmitido pela internet - manter a audiência significa matar de forma mais e mais cruel. O verdadeiro Snuff: The Game.
MICHIGAN: REPORT FROM HELL
Lançamento: 2004
Desenvolvimento: Grasshopper Manufacture
O excêntrico game designer Suda 51 flerta constantemente com o terror e suas ideias mirabolantes para o ultra obscuro Michigan: Report From Hell, seriam melhor aproveitadas numa continuação que nunca aconteceu (e provavelmente jamais acontecerá). Como operador de câmera numa equipe de reportagem, investigar o surgimento de uma misteriosa névoa é só o gatilho inicial desde que é um dos mais bizarros jogos do PS2 (e isso quer dizer muito, saiba você).
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